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Sorriso Maroto e Dilsinho comemoram sucesso da primeira turnê do projeto 'Juntos'

Repertório especial do último show ficou registrado com a gravação do DVD

Dilsinho e Sorriso Maroto Juntos
Dilsinho e Sorriso Maroto Juntos -
Após percorrerem todo o Brasil com 10 shows da turnê “Juntos”, Sorriso Maroto e Dilsinho encerraram, no último dia 14, o primeiro trabalho do projeto com a gravação de um DVD no Rio. O reportório especial contou com as 13 músicas do álbum que os artistas lançaram em parceria este ano, além dos grandes sucessos das carreiras dos pagodeiros, tanto individualmente quanto juntos, rendendo 4h e meia de uma apresentação acalorada do início ao fim.

Lançado em janeiro de 2022, o álbum “Juntos” une Dilsinho, cantor da nova geração do pagode, com o Sorriso Maroto, tradicional grupo de pagode romântico, que é composto por Bruno Cardoso na voz, Sérgio Jr no violão, Cris Oliveira no pandeiro, Vinicius Augusto no teclado e Fred Araújo no surdo, contando com 24 anos de uma caminhada de sucesso. Os artistas explicam como o projeto marca o poder que o pagode tem de se reinventar como gênero musical, além de celebrar a experiência de um fã poder cantar com seu ídolo.
Como surgiu a ideia de gravar um álbum JUNTOS?

Dilsinho: Eu sou fã assumido do Sorriso Maroto, sempre falei isso nas minhas entrevistas, nas oportunidades que eu tive, qualquer lugar que eu estive sempre falei do Sorriso porque eles são um presente na minha vida desde o momento que eu comecei na música. Quando eu tocava lá nos barzinhos eles já estavam nos grandes palcos do Brasil inteiro. E tudo que aconteceu nessa turnê acho que foi reflexo da nossa amizade. Acho que aconteceu um encontro muito inesperado por mim porque eu via os caras no palco e pensava: "Será que um dia ainda vou conhecer esses caras aí? Será que um dia vou estar com esses caras fazendo um som?". Passa um filmezão na minha cabeça de onde eu comecei, de tudo que eu passei para estar aqui com esses caras hoje. E o Bruno é meu produtor musical desde o primeiro trabalho. Nesse meio tempo a gente fez músicas juntos, eu, ele e o Sérgio. A gente tem uma amizade muito grande, eu e todos os meninos. A gente participou dos trabalhos uns dos outros. Falei: "O que está faltando a gente fazer? Fazer um show que a gente esteja junto. Eu cantando músicas do Sorriso, eles cantando músicas minhas. Será que isso é possível?". E aí, dois anos atrás a gente começou a idealizar tudo o que está acontecendo agora. E acho que eles são meio malucos de aceitar mais um cara para entrar no grupo porque já são cinco para dar opinião, agora tem mais um. E eu, mais maluco ainda, que sou cantor solo e agora tenho cinco malucos para dar opinião. Mas a gente está se divertindo muito, está sendo muito especial ver as nossas ideias, os nossos sonhos acontecerem. E falando particularmente por mim, é um sonho realizado estar perto desses caras aqui.

Como é para um grupo tradicional do pagode, com anos de caminhada, estar fazendo um trabalho com um cantor da nova geração? O que o Dilsinho trouxe de novo para o Sorriso Maroto?

Bruno Cardoso: Acho que o mais legal dessa collab é a oportunidade que a gente tem de se redescobrir. O Sorriso já está há um certo tempo na estrada e, ao mesmo tempo que a gente tem esse tempo de experiência de alguns palcos, de algumas aventuras, o Dilsinho traz pra gente um gás e uma visão totalmente nova dentro de um game que a gente se considerava liderando. Porque ele traz uma ousadia, ele traz uma forma de se posicionar que é diferente da nossa. Eu costumo dizer que o Dilsinho nasceu do nosso ponto atual. Ele pegou o estágio que a gente está hoje e evoluiu. Justamente hoje, que a gente estaria numa fase um pouco mais acomodada da carreira, pelo tempo, e ele mostra pra gente que é possível ainda caminhar para frente, de continuar ousando. E isso foi sempre um ponto que colocamos no nosso trabalho, de sempre dar um próximo passo, de sempre continuar caminhando, e ir em frente trazendo sensações e novidades. Então ele trouxe pra gente justamente esses argumentos. E eu acho que isso com um pouco da nossa experiência traz um combustível, uma química bem interessante. Acho que o "Juntos" fala muito sobre isso. Ele traz as sensações, as aventuras, as vontades que o Dilsinho tem musicalmente e artisticamente de realizar e traz a nossa bagagem musical de coisas que a gente já realizou, que a gente sabe mais ou menos por onde caminhar e isso cria uma nova atmosfera, uma nova química. Como o Dilsinho falou, o "Juntos" na verdade já acontece inconscientemente dentro da nossa amizade.

Em algum momento vocês já imaginaram que estariam fazendo esse trabalho totalmente em conjunto?

Bruno Cardoso: O "Juntos" é um novo grupo. É um álbum inteiro de músicas inéditas com todas elas divididas pelo Sorriso e o Dilsinho. Então isso não é somente uma participação. Ele é um projeto pensado como grupo. A gente abre todas as nossas pautas, a gente discute sobre tudo, a gente decide tudo junto, a gente compõe junto, e a gente vai para o palco e canta todas músicas juntos. Então a gente encara o "Juntos" como um novo artista. Temos o Sorriso Maroto, temos o Dilsinho e temos o "Juntos".

Dilsinho: Acho que o desafio muito grande que a gente quis se testar e se descobrir para saber qual seria a resposta do público é que a gente podia só ter se encontrado e não ter gravado músicas inéditas, e só realmente ter cantado os sucessos um do outro. Mas a gente gosta de compor, então pensamos: "Vamos fazer como a gente faz nas nossas carreiras, vamos nos reunir, vamos escrever umas músicas, vamos ver o que sai, de repente sai uma coisa legal". E aí, dessas músicas inéditas, a gente teve a ideia do visual artístico e todas as outras ideias foram acontecendo. 

Sergio Jr: E foi tudo no escuro. A gente fez isso tudo na pandemia. A ideia dele foi na pandemia e aí a gente começou a fazer, ouvir, e compor. Aí gravamos um álbum com 13 faixas. E lançamos sem saber, porque a gente não estava fazendo show, não sabia como era. E quando a gente voltou a fazer show, tanto o Sorriso na carreira individual quanto o Dilsinho, a gente não estava junto para experimentar as músicas do "Juntos". A gente chegou no primeiro show da turnê e falou "Cara, agora vamos tocar as músicas inéditas e ver como vai ser". A princípio, a gente ensaiou tudo mas íamos cantar três. E a gente tocou a primeira e a galera cantou tudo, tocou a segunda, a mesma coisa. E a gente está tocando todas e o povo está cantando tudo. E a gente comemorou pra caramba aqui no backstage, tipo: "Cara, deu muito certo! A galera comprou o nosso som. A galera está junto com a gente". Sem trocadilho (risos). Pra gente foi uma surpresa de verdade, a gente não imaginava mesmo.
De onde veio tanta inspiração para criar esse álbum?

Dilsinho: Quando eu ouço Sorriso Maroto eu tenho vontade de chorar. A gente sofre sem sofrer (risos). Acho que uma coisa que a gente falou muito foi sobre respeitar a expectativa dos nossos fãs também. Porque o Sorriso é um grupo romântico, eu sou um cantor romântico e a gente sabe que a galera espera viver essas histórias ouvindo as nossas músicas. O Sorriso fez parte dos términos, da volta, do pedido de desculpas, até o nascimento dos filhos. A gente faz parte da história das pessoas, sabe. Eu acho que essa é a identidade do projeto, por mais que a gente tenha ousado em algumas coisas. A música romântica vai ser sempre a base da minha história, acredito que da história do Sorriso também. E isso é um projeto pra gente cantar, literalmente juntos, do começo ao fim.
Dilsinho e Sorriso Maroto Juntos Jorge Bispo
Sorriso Maroto e Dilsinho JUNTOS Jorge Bispo
Sorriso Maroto e Dilsinho JUNTOS Dani Valverde
Sorriso Maroto e Dilsinho JUNTOS Divulgação
Sorriso Maroto e Dilsinho encerraram o trabalho com gravação de um DVD no Rio jorge bispo/Divulgação
Sorriso Maroto e Dilsinho encerram a Turnê JUNTOS Divulgação
Sorriso Maroto e Dilsinho encerram a Turnê JUNTOS Dani Valverde
Sorriso Maroto e Dilsinho encerram a Turnê JUNTOS Dani Valverde
Sorriso Maroto e Dilsinho encerram a Turnê JUNTOS Dani Valverde
Sorriso Maroto e Dilsinho encerram a Turnê JUNTOS Dani Valverde
Sorriso Maroto e Dilsinho encerram a Turnê JUNTOS Divulgação/Jorge Bispo

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