Mais Lidas

'Meu senso artístico tem mudado muito', afirma Luísa Sonza

Lançando o single 'Cachorrinhas', artista revela bastidores do clipe, os novos caminhos ao lado da Sony Music e detalhes da apresentação no Rock in Rio

Luísa Sonza
Luísa Sonza -
Rio - Repetindo a fórmula de sucesso do ano passado, quando lançou o álbum "Doce 22" em seu aniversário, Luísa Sonza completa 24 anos presenteando os fãs com o novo single "Cachorrinhas". Com produção de Tropkillaz, a faixa é o primeiro projeto da cantora com a nova gravadora, Sony Music. O clipe, que teve a direção de Fernando Nogari, contou com a participação dos animais de estimação de Luísa Sonza: as cachorras Gisele Pinschers, Britney Spinschers Sonza, Duda Beainscher Sonza, e a gata Rita Lee Sonza. Em entrevista ao Meia Hora, Luísa Sonza comenta o processo criativo do novo projeto, a mudança de gravadora e os preparativos para a apresentação no Palco Sunset, do Rock In Rio, em setembro. 
Qual sua expectativa para o lançamento de 'Cachorrinhas' após o sucesso de 'Doce 22'?

Eu me sinto muito realizada na minha carreira e 'Cachorrinhas' veio com o intuito de comemoração. No ano passado eu estava lançando 'Doce 22', que foi a coisa mais importante da minha vida até hoje, mas eu estava um caco por dentro. Eu estava triste e o aniversário, por mais que eu estivesse com as pessoas que eu amo, foi pesado e difícil. Eu passei horas em um cantinho sozinha, pensando e chorando. É muito louco pensar que esse ano estou chorando, como uma boa canceriana, mas estou chorando de alegria. [...] 'Cachorrinhas' é uma música comemorativa, cômica, engraçada, feliz e leve. Da mesma forma que estou me sentindo agora. Eu não pensei em expectativa para a canção, eu já estou vivendo toda a minha plenitude. Cachorrinhas' é a consequência do que eu vivi nos últimos meses. Nos últimos quatros meses, eu tenho vivido os dias mais felizes da minha vida. Eu tenho cuidado de mim e me reencontrando. Eu sou uma pessoa tão mais alegre do que há um ano atrás.
Qual o saldo da experiência de trabalhar com o Tropkillaz?

A parte mais legal é que conseguimos fazer um trap pop, cômico, engraçado, inusitado e que não é fácil de fazer. É mais fácil fazer uma música como 'Sentadona' porque é uma coisa que a gente conhece e já viu mais disso. Sinceramente, tem que ser muito bom para bater número 1 com um tema tão comum. Tem um bilhão de músicas no Brasil que falam sobre esse tema. A parte que me fez querer lançar esse single é que eu falo das minhas cachorras de uma maneira muito divertida, legal e nada óbvia. Fazia tempo que eu não escutava uma música e me divertia e dava risada. Ao mesmo tempo eu acho a música fofa. A parte mais divertida desse trabalho foi conseguir fazer um trap pop com a malícia e a marra, mas de uma forma original.
Como foi desenvolvida a coreografia de 'Cachorrinhas'?

A nossa intenção foi encerrar essa era das coreografias, pelo menos por um tempo, porque não há joelho, coluna e corpo que aguente. E para encerrar essa era nessa estética de dança, porque depois a nossa dança vai mudar, vai ser com chave de ouro, eu saí machucada e com o braço roxo.
Como foi a logística para trabalhar com suas cachorras e gata no clipe?

Mandamos adestrar a Britney e a Duda porque elas são dois terrores. A Gisele é um anjo, mas ela só obedece a mim. No set, todas as cenas eu tive que fazer com ela e a cena que eu não estava foi um caos e demorou horas para conseguir fazer. Com a Rita foi mais difícil. Ela é um amor aqui em casa, mas quando sai do seu ambiente ela quer voltar de qualquer jeito. O cenário era enorme e a Rita desaparecia entre as almofadas.
'Cachorrinhas' traz a pegada de uma nova era na sua carreira?

Esse ano todo é de manutenção, no qual continuo mantendo os números e entregando singles avulsos, e de transição, no qual vou acostumando o público a me ver da maneira em que estarei pronta no ano que vem para lançar a nova era. Agora eu não estou nem lá e nem cá. Porque existe esse processo de eu me entender e de me permitir entender tudo que vai acontecer, eu estou vivendo para contar a história depois. 'Cachorrinhas' vem encerrando uma grande era na minha vida, que eu comecei há 5 anos atrás, e hoje eu sinto que meu senso artístico tem mudado muito e ido para um lugar que eu não me identifico tanto. Eu sinto que essa música vem para encerrar uma grande estética que eu explorei e vivi por muito tempo.
A entrada na Sony Music foi projetando uma carreira internacional?

Nesse momento, estou indo para um lugar mais sóbrio e doida para explorar outros lugares musicais. Nesses cinco anos, eu ainda não explorei isso a fundo porque fiquei mais no lado pop e funk, o que foi incrível, mas eu sinto que preciso explorar outras facetas da Luísa. Acima de tudo, de contrato com a Sony e de carreira internacional, eu respeito o que quero fazer como artista e pessoa. O que faremos com isso, resolvemos depois. Eu escolhi essa gravadora porque desde a primeira conversa que tivemos o combinado foi me respeitar como artista e o que eu penso em fazer como artista. Foi isso que me trouxe até aqui, é isso que me faz ter uma legião de pessoas que estão ali não só pelo meu tamanho em números. Minha relação com os fãs é de vida e vai muito além.
Você sente a cobrança pela expectativa em torno do seu trabalho?

O bom de ser subestimada é que sempre vou surpreender. Eu fico ansiosa porque eu sei que posso entregar sempre mais do que as pessoas acham que eu posso artisticamente. Eu só tenho 5 anos de carreira, então não deu tempo ainda de mostrar tudo que eu posso ser como artista e tenho para entregar. Eu trabalho com música desde os 7 anos de idade e a bagagem que eu tenho é muito grande. E isso não é ser prepotente, é só o meu trabalho. A minha dedicação é tanta que eu não me sinto pressionada porque eu dedico a minha vida, todos os meus dias, cada leitura que eu faço, cada aula de dança...é tanta entrega. Eu não sou a melhor artista e a melhor cantora, mas eu sou uma das mais dedicadas. Enquanto eu for assim, eu vou sempre acabar surpreendendo as pessoas.
O que o público pode esperar de sua apresentação no Rock in Rio?

Eu vou entregar os dois lados da Luíza de uma forma bem clara e intensa. Quero entregar em uma hora de show tudo que eu posso ser como artista, e o resultado ficará icônico, maravilhoso e surpreendente. Quero levar outras facetas minhas e carimbar o início de uma nova era, tanto na estética visual, nos elementos e no áudio. Vocês podem esperar um novo momento e uma nova visão da mesma pessoa.
Luísa Sonza Pam Martins
Luísa Sonza Pam Martins
Luísa Sonza Pam Martins/divulgação
Luísa Sonza Pam Martins
Luísa Sonza Pam Martins
Capa do single 'Cachorrinhas' Divulgação

Comentários