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Buchecha comemora 30 anos de carreira com lançamento de novo álbum

'Canto de Paz' traz lado político à tona e marca nova fase na vida do cantor

Buchecha
Buchecha -
Rio - Buchecha lançou no último dia 25 de novembro um novo EP para comemorar seus 30 anos de jornada no mundo da música. O álbum "Canto de Paz" marca um novo momento para o cantor, que contou suas histórias e vivências em funks mais politizados do que o público está acostumado a ver em suas obras. Em entrevista ao Meia Hora, Buchecha fala sobre a nova fase. Confira!
Buchecha, como você se sente ao completar 30 anos de carreira? Como é olhar pra trás e ver tudo que você conquistou?

Me sinto um vencedor porque tive que enfrentar muitas batalhas, sendo que não é fácil viver de arte até hoje. E todos os dias tem gente nova aparecendo. Sou muito grato por ainda viver do que amo e completar 30 anos dessa correria me deixa animado pra continuar seguindo meus sonhos.

Qual foi a maior conquista da sua carreira até agora?

Essa pergunta é difícil porque eu não sei escolher apenas um momento. Prefiro acreditar que cada vitória, pequena ou grande, foi fundamental pra me fazer chegar onde estou hoje, tanto no âmbito pessoal ou profissional.

Como foi o processo de criação do EP 'Canto de Paz'? Você buscou suas origens para esse novo trabalho?

Eu sempre observei e vivenciei essa realidade, mas não enfatizei muito nos meus trabalhos antigos. Recentemente, eu reparei nas minhas palestras em escolas que há muito espaço para informar a juventude sobre questões sociais como o crime e as drogas. A partir disso fui me inspirando e atinei pra importância do papel fundamental da arte que exerço. Assim surgiu "Canto de Paz", um projeto desafiador, mas muito satisfatório.

Qual o diferencial desse trabalho?

O tom dele. O funk romântico dando lugar para um trabalho mais politizado e reivindicador.

E como tem sido a reação do público a essa mudança?

Até agora muito bem! Fico até surpreso com essa aceitação tão boa por conta do público e crítica, mas isso só mostra que fiz um bom trabalho.

Você acredita que entrou em uma nova fase da sua carreira?

Creio que com o passar do tempo fui amadurecendo, ficando mais centrado, observador e com uma vontade de contribuir com algo positivo para o mundo. Não sei se é uma nova fase, mas acho que isso tudo mostra uma transformação e evolução na minha carreira.

Como é chegar tão longe e saber que inspira tanta gente? Qual a responsabilidade que isso traz?

Viver já é uma responsabilidade tremenda. Você tem diversos olhares te observando dentro de casa, na sua vizinhança e na sociedade de modo em geral, mas quando se é artista tudo isso toma proporções ainda maiores pois são milhares de pessoas nesse contexto. Eu procuro olhar não como uma pressão, mas uma oportunidade de me tornar uma pessoa e artista melhor.

O que os seus fãs podem esperar do Buchecha daqui pra frente? Quais são seus próximos planos?

Ah, que eu vou me esforçar e dar meu máximo como sempre fiz. Vou continuar com meus shows, divulgar esse trabalho e em breve outros novos, mas mais pra frente eu revelo.

Você acha que o funk já está sendo mais valorizado? 

O funk é do Brasil e o que observo é que ele transita pelo país de formas esporádicas, ou seja, de tempo em tempo surgem nomes novos do gênero que emplacam vários hits e parcerias. Mas nos últimos anos isso tem melhorado bastante, com mais gente se firmando e vejo que a tendência é melhorar. O funk tem muita lenha pra queimar ainda!

Como você vê a evolução do funk desde que entrou na musica?

Com a internet houve sim uma evolução no mercado da música, ainda mais no sentido de exposição, ou seja, pessoas que antes teriam menos chances de aparecer agora podem ter uma chance de serem notadas em todo país. O que eu sinto um pouco de falta é que com tanta informação ainda assim falte um pouco de valorização da origem de movimentos como o funk.
Reportagem da estagiária Rebecca Henze sob supervisão de Tábata Uchoa
Buchecha Divulgação
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