Mc Mari, de 23 anos, é considerada rainha do brega funk e seus números comprovam o título. Com mais de 300 milhões de seguidores nas redes sociais, a nordestina ainda conta com quase 2,5 milhões de ouvintes nas plataformas digitais e as coreografias das suas músicas são febre no Tik Tok. Ontem, Mc Mari lançou Eu Não Sou Pra Namorar, em parceria com a cantora Flay. À coluna, a funkeira fala sobre a canção, carreira e preconceitos que teve que superar para chegar aonde chegou. Confira!
Conta um pouco sobre a história de 'Eu Não Sou Pra Namorar'. Como surgiu a ideia de parceria entre você e Flay?
Quando eu fiz 'Eu Não Sou Pra Namorar', eu pensei na Flay de cara, por ela sempre bater nas músicas dela o empoderamento feminino, o que pra mim é o mais importante. Ela escutou a música e adorou. Foi incrível ela ter topado a parceria comigo, fiquei muito feliz, confesso. 'Eu Não Sou Pra Namorar' é um grito que nós, mulheres, podemos fazer tudo que o homem faz. Antigamente, a sociedade gostava de impor que toda mulher deveria gostar de casar e ter filhos. Eu quero deixar claro que a mulher pode fazer tudo que ela quiser, inclusive não ser pra namorar. Então, eu tenho certeza que essa música é um hino para as mulheres que também são felizes solteiras.
Você já sofreu preconceito por ser mulher e funkeira? O que você faz quando isso acontece?
Sem dúvidas, sofri preconceito. Não só por ser funkeira, mas por ser nordestina. Então, já é um choque pra sociedade ser mulher no funk, imagina ser nordestina e mulher no funk? Acho que a melhor forma de combater o preconceito é calando a boca de todo mundo. Venho aí batendo música atrás de música, colecionando milhões de streamings e fico muito feliz em poder calar toda a sociedade.
Como o brega funk entrou na sua vida?
Eu sou cantora profissional desde os 10 anos e passei por grandes bandas de forró, mas acredito que tudo na vida é uma evolução. Só no funk e no bregafunk tive toda a visibilidade possível. Sou muito grata a esses dois ritmos por tudo que vem acontecendo na minha vida. Minha transição do forró para o funk não foi algo proposital e, sim, como deveria ser, creio eu.
Você acha que cantar essas músicas mais explícitas é uma forma de empoderamento?
Venho do funk mandela. Optei cantar esse tipo de música para quebrar o tabu que a sociedade impõe. Que tem que ser músicas leves, que a gente não pode falar o que a gente quer falar de verdade, que não podemos comentar sobre sexo… E, hoje em dia, acho que comentar sobre sexo em música é algo que não é comum. E adoro fugir da mesmice. Se tornou um grito, sim, por ter sido a primeira mulher a falar do órgão genital feminino na TV aberta.
Seus números nas plataformas digitais não param de crescer. Por que você acha que o público se identifica com você e com suas músicas?
Acho que todo mundo se identifica por justamente eu ir contra a maioria. Vim falando letras explícitas, mostrando que a mulher pode fazer qualquer tipo de coisa… Vim quebrando tabus que ninguém nunca tinha quebrado antes. Então, assim espero ser conhecida, a pessoa que quebrou tabus na sociedade. Agradeço a Deus, aos meus fãs e toda equipe que trabalha comigo, inclusive meu empresário, o DJ Will DF, que me abriu oportunidades para eu estar aqui onde eu estou hoje.
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