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Mãe desabafa e pede ajuda para filho usar cabelo grande na escola

Escola quer obrigar criança a cortar cabelo ou deseja que mãe classifique seu filho como não-binário. Entenda

Bandeira Gay
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O pequeno Farouk James é famoso por seus longos cachos, inclusive isso já rendeu trabalhos nas passarelas de Nova York e Florença.

O menino ostenta há anos suas madeixas compridas e isso já lhe deu muito visibilidade, tanto que foi até convidado para participar em uma das campanhas da Guess.
Ele tem mais de 200 mil seguidores no Instagram e todos que o encontram nas ruas fazem questão de tirar uma selfie com o menino. Mas na sua vida privada nem tudo são flores, Farouk está enfrentando uma luta contra a escola para manter sua identidade e seu jubão de dar inveja.


De acordo com o portal britânico ‘Metro UK’, a mãe de Farouk, Bonnie, iniciou uma campanha para desafiar o preconceito vivido por seu filho e todas os meninos que gostam de ter cabelos compridos.
“Não é só para ele, é para muitos meninos. Tem pais me ligando e contando de como seus filhos ficaram traumatizados quando os forçaram a cortar no sexto ano”, contou a mãe de Farouk.

Para Bonnie é muita pressão para eles que estão na pré-adolescência e em breve já terão que encarar o ensino médio com todas os problemas que essa fase traz.
“Algumas crianças estão arrasadas. Eles estão indo para o ensino médio. Já é pressão suficiente. Você estará muito vulnerável nesse ponto da sua vida e para aumentar sua vulnerabilidade, uma instituição está forçando você a cortar o cabelo como se estivesse se juntando às forças armadas”, completou ela.

Ela ainda disse, que ela como mulher, se fosse obrigada a cortar os cabelos ficaria traumatizada, imagine uma criança.
“‘Como mulher, se me dissessem para cortar meu cabelo, eu ficaria absolutamente traumatizada com um corte de cabelo número dois por cinco anos”, desabafou. “Não é bom para a saúde mental deles, não vejo como isso é positivo. Só não acredito que essa antiga lei vitoriana ainda faz parte das políticas das escolas”, completou.

Por conta dos problemas enfrentados no ensino fundamental, a mãe de Farouk começou a procurar as escolas de ensino médio muito antes que a maioria dos pais, pois suspeita que o cabelo de seu filho possa vir a ser um problema.

O desespero de Bonnie está sendo tão grande que ela está disposta a declarar o filho não-binário só para que ele possa manter o cabelo do jeito que está. “Se conseguir inscrevê-lo em em uma escola mista, posso colocá-lo como não binário. Tenho tentado achar brechas para que eu consiga uma vaga para ele”, disse a mãe.

Farouk está aterrorizado com a ideia de ter que cortar o cabelo. Para o menino é como se tivessem ‘tirando um pedaço de si mesmo’. Ela disse que tentou conversar com o filho e prepará-lo caso realmente tenha que cortar o cabelo, mas ele está irredutível e disse para mãe que teria uma crise mental se isso ocorresse.
“Eu nunca o ouvi falando sobre colapsos mentais antes. "Essa é uma possibilidade muito forte", contou a mãe assustada.

Através das redes sociais dela e do filho, eles têm recebido apoio de pais e meninos de cabelos longos sobre o assunto. Isso tem dado mais confiança a Farouk. Mas Bonnie disse que não vai desistir, que as políticas das escolas estão ultrapassadas e querem forçar as crianças a serem quem não são. “Você está pedindo a alguém que tire uma grande parte de si mesmo, para se encaixar no que é socialmente esperado”, finalizou.