Se a Globo fizesse um remake de Pantanal, Cristiana Oliveira não tem ideia de quem faria a selvagem Juma, sua personagem na trama da Rede Manchete, que completa 30 anos em 2020. "Talvez alguém novo. Deveriam abrir testes para encontrar um novo talento", explica a atriz, que em Topíssima, trama da Record que estreia na terça-feira, às 19h45, interpreta a arrogante Lara.
"O que mais me seduziu nela é que ela é louca, exagerada, teatral, está o tempo todo interpretando. Não pode chorar que já se olha no espelho para ver se está chorando bem. Mas ela tem os conflitos internos dela, e isso é muito difícil de fazer", conta Cristiana.
Lara é herdeira do negócio da família, as Universidades Alencar, e leva uma vida de aparências e futilidades. Nunca trabalhou, sempre recebeu mesada e vive às turras com a filha, Sophia (a protagonista Camila Rodrigues), que comanda a instituição com mãos de ferro.
Num de seus ataques, Lara dá à empoderada filha um ultimato: ou ela se casa em um ano, ou a mãe tira a presidência dela. "Lara é muito fútil, só dá valor à dinheiro, imagem, juventude. Tem 60 anos e quer aparentar ter 30, se acha a mais linda mais gostosa do mundo. É preconceituosa e muito egoísta", destaca.
Cristiana revela que conhece muita gente que vive de aparências, assim como Lara, mas num grau bem mais ameno que o de sua nova personagem. "A Lara é toda 'botocada', deixa de visitar a filha porque o cabelo dela está com um dedo de raiz branca. Tem muita gente, só que de bom caráter, que também é assim. Aquela coisa de se esticar toda no espelho e falar: 'Ai, meu Deus, uma ruga!'", conta a atriz.