Sonhar não custa nada, e o meu sonho é tão real

No dia 27 de outubro, a derrota para o Atlético-PR (2 a 1) deixou o Botafogo a apenas um ponto da zona de rebaixamento. Quase um mês depois, com quatro vitórias consecutivas (1 a 0 Corinthians, 2 a 1 Flamengo, 1 a 0 Chapecoense e 1 a 0 Internacional), o cenário mudou completamente: a meta agora é terminar o Campeonato Brasileiro no G-6, com uma vaguinha na pré-Libertadores garantida.

Não seria novidade na carreira do técnico Zé Ricardo. Ele foi contratado pelo Vasco em agosto do ano passado com uma missão parecida: livrar o time do rebaixamento. Na ocasião, o Cruzmaltino estava a apenas dois pontos da zona da degola. O bom trabalho fez com que Zé fosse além, e o Vasco terminou o Brasileiro de 2017 na sétima posição, com uma vaga na pré-Libertadores.

O Botafogo é o nono colocado na tabela, com 47 pontos, e precisa vencer os três jogos que restam para alcançar o G-6. Dois dos adversários são rivais diretos por uma vaga: o Santos, amanhã, e o Atlético-MG, dia 2. Uma vitória na Vila Belmiro já elimina o Peixe, que está no seu retrovisor.

"Nosso foco principal é jogo a jogo. Temos objetivos a serem alcançados, mas muitos não dependem só da gente. Vamos continuar dando o nosso melhor. Isso é algo que procurei desde que cheguei, de não deixar nenhuma partida sem estar extremamente cansado", disse o atacante Erik, um dos principais responsáveis pela arrancada final do Alvinegro.

Na última rodada, além de derrotar o Galo, que hoje está levando a vaga (é o sexto, com 53 pontos), o Botafogo torcerá por uma ajudinha do coirmão Flamengo, que jogará com o Atlético-PR.

De acordo com o matemático Tristão Garcia, do site Infobola, o Atlético-MG tem 61% de chances de terminar no G-6, contra 37% do Atlético-PR, 1% do Botafogo e 1% do Santos. Se o Furacão for campeão da Sul-Americana, garantirá a vaga direta na fase de grupos da Liberta e, consequentemente, sairá desta briga pela última vaga no G-6.