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Mengão tem banco de ouro

Nos dois jogos do Fla com a dupla Arrascaeta e Gabigol, quem brilhou foi Henrique Dourado

Henrique Dourado costuma ter ótimos inícios de temporada
Henrique Dourado costuma ter ótimos inícios de temporada -

Flamengo 1 x 1 Resende, tarde de estreia de Gabigol e Arrascaeta. As expectativas estavam todas nos reforços, mas quem se destacou foi o velho — e contestado — Henrique Dourado. Terça-feira, na partida Flamengo 3 x 1 Boavista, a cena se repetiu. As estrelas passaram em branco, e Dourado mais uma vez 'ceifou'.

Aos pouquinhos, o centroavante vai ganhando ainda mais espaço no coração do técnico Abel Braga. Ele já era querido, já que o jogador foi artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2017 sob o comando de Abelão, no Fluminense. Mas com as grandes contratações do Flamengo, parecia que o Ceifador ia perder espaço. Parecia. Ele foi escalado como titular duas vezes, deixando Uribe no banco, e virou até capitão quando Diego não estava em campo.

"Sempre esperei pela oportunidade. O respeito tem sempre que falar mais alto. O Uribe também vem fazendo um grande trabalho. A felicidade de ver um companheiro marcando é a mesma felicidade que eu tenho quando estou dentro de campo. É isso que faz com que nós consigamos conquistar os nossos objetivos na temporada", comentou o Ceifador, com dois gols em dois jogos nesta Taça Guanabara.

"Fico muito feliz, não só por mim, de estar voltando a balançar as redes, mas pelo grupo todo, assim como os companheiros que não vieram nessa partida. O Flamengo tem a ganhar muito com isso".

Início de temporada com muitos gols não é exatamente uma novidade na carreira de Dourado. Em 2014, pela Portuguesa, ele marcou sete gols nos dez primeiros jogos do ano. Em 2017, pelo Fluminense, foram oito no mesmo espaço de tempo. Na chegada ao Flamengo, no ano seguinte, ele balançou a rede quatro vezes.

Fim do 'rodízio' de jogadores no Flamengo

Nas primeiras quatro rodadas do Campeonato Carioca, o técnico Abel Braga formou dois times. O 'time A' era semelhante ao do ano passado, com Diego, Everton Ribeiro e Vitinho, e o 'time B' contava com os reforços de Arrascaeta e Gabigol. Mas, Abelão já anunciou que acabou o 'rodízio', e, a partir de domingo, contra a Cabofriense, no Maracanã, o time titular será 'à vera'. O objetivo é entrosar a equipe para as semifinais.

"Agora, acabou. Domingo, vai outra equipe e depois é isso. Eles estão confundindo minha cabeça e isso que quero, quero problema. Quero jogador que vai virar jogo. Não vai ser sempre possível fazer isso, mas foi legal", comentou Abelão.

Resta saber como o treinador vai armar essa equipe. Dos armadores Diego, Everton Ribeiro e Arrascaeta, pelo menos um vai precisar ficar no banco. No ataque, também será preciso escolher entre Vitinho, Bruno Henrique e Gabigol.

Gabigol vai de falso 9

A camisa 9 normalmente é reservada para os centroavantes, mas não é o caso de Gabigol. Pelo menos, não será no Flamengo. O jogador ainda não atuou como um atacante fixo, e Abel Braga não pretende utilizá-lo assim. Ao que tudo indica, ele vai jogar aberto pelas pontas no esquema do comandante.

"Se me perguntar como eu gosto, gosto mais de caras abertos pelo lado. Se você for ver, os atacantes sempre foram artilheiros com caras agudos pelo lado. Foi uma grande satisfação vê-lo ajudar, voltar, e uma hora ele morre", comentou Abelão.

Henrique Dourado costuma ter ótimos inícios de temporada Gilvan de Souza / Flamengo
Gabigol (em primeiro plano) e Arrascaeta disputam vaga entre os 11 Marcelo Cortes / Flamengo