Mais Lidas

E a crise tem novo capítulo

Debandada de dois cartolas agrava a situação financeira no Vasco

A grave crise financeira do Vasco ganhou um preocupante capítulo com a saída de dois homens fortes da gestão do presidente Alexandre Campello nos últimos dias: João Marcos Amorim e Adriano Mendes, vices de finanças e controladoria, respectivamente. O estopim para a dissolução do grupo responsável pelos cofres do clube foi a discordância com o atual mandatário em relação ao orçamento para o futebol em 2020.

Na segunda-feira passada, o Vasco chegou a mais um mês de atraso e agora deve novembro, dezembro, 13º e férias de 2019. Em outubro, funcionários com salário até R$ 3 mil receberam pela última vez. A folha salarial do clube gira em torno de R$ 4 milhões.

A possibilidade de aumentar o gasto no futebol, defendida por Campello, para renovar com o colombiano Guarín e trazer de volta o zagueiro Dedé, de saída do Cruzeiro, não foi compartilhada pelos agora ex-dirigentes do Vasco.

Em nota oficial, Adriano Mendes criticou a política orçamentária, dando como exemplo os valores do contrato de Abel Braga, maiores do que os acertados com Vanderlei Luxemburgo, em 2019.

Campello tem usado as redes sociais para se defender. O mandatário ressaltou que o acordo para o pagamento de mais de R$ 32 milhões em dívidas e penhoras o impediu de cumprir a promessa de iniciar 2020 com as contas em dia. A solução pode vir da operação costurada com o Banco BMG para a captação de recursos. A intenção é de começar a pagar os funcionários ainda esta semana.