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Tricolor derruba tabu

Fluzão volta a vencer o Vasco após três anos e lidera a classificação geral do Carioca

O futebol brasileiro deveria estar de quarentena. Com a pandemia do coronavírus se alastrando pelo mundo, o Campeonato Carioca agoniza e sente os efeitos de um Maracanã sem público, o que se viu no clássico entre Vasco e Fluminense, ontem, pela terceira rodada da Taça Rio. A vitória tricolor, por 2 a 0, serviu para manter o time de Odair Hellmann na liderança do Grupo B e praticamente eliminar o Cruzmaltino da luta pelo título. Mas foi o torcedor que saiu perdendo.

O silêncio quase sepulcral no estádio deve ter contagiado os jogadores, que tinham o antídoto para a falta de inspiração. O Vasco começou ligado e criou duas chances de abrir o placar, em finalizações de Marrony, aos 11, e Raul, aos 27 minutos. Pouco para quem precisava fugir da grave crise.

Quandro Evanilson fez 1 a 0 para o Flu, aos 28, deu a impressão de que o duelo, enfim, teria emoção. Mas a bela finalização do camisa 9, ao encobrir Fernando Miguel e marcar seu sétimo gol em 13 jogos, lembrou alucinação de um enfermo ardendo de febre. O que viu (pela televisão), foi o surto de mediocridade que afeta o Estadual.

No segundo tempo, o Vasco pareceu ter tomado uma injeção de ânimo, no vestiário, em busca do empate, mas esbarrou na sua total falta de talento. Já o Fluminense, anestesiado, se limitava a conter as investidas do rival. Com o tempo, a equipe de Abel Braga, tensa e cansada, mostrou não ter mais anticorpos para se manter sã e defender a invencibilidade de três anos sobre o Tricolor das Laranjeiras

Diante da inércia adversária, o Flu ampliou, aos 42: o peruano Fernando Pacheco aproveitou rebote de bola na trave em chute de Caio Paulista e, de cabeça, fez o 2 a 0. Foi seu primeiro gol em oito jogos pelo Time de Guerreiros, que ainda manteve a liderança isolada do Tricolor no somatório geral de pontos do Carioca, dois a frente do Fla (24 a 22).