A Justiça do Paraguai deu início, ontem, à perícia nos celulares de Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis, presos preventivamente desde o dia 6 de março, dois dias após entrarem no país com falsos passaportes e documentos de identidade paraguaios.
A partir do conteúdo dos aparelhos, os investigadores esperam saber se os dois irmãos têm ou não ligação com uma organização criminosa estruturada para falsificar documentos e especializada em lavagem de dinheiro. A suspeita do Ministério Público (MP) é de que R10 e Assis façam parte de um amplo esquema. A quadrilha contaria com a participação de empresários e funcionários públicos para facilitar a realização de negócios ilegais no país.
Na última sexta-feira, policiais e integrantes do MP fizeram uma operação de busca e apreensão na casa da empresária paraguaia Dalia López e em uma empresa da qual ela é acionista. Dalia é apontada como responsável por levar Ronaldinho ao Paraguai e comandar o esquema de falsificação de documentos. Ontem, a empresária não compareceu a uma audiência, alegando medo do coronavírus.
R10 e Assis, que estão em uma cela no Agrupamento Especializado da Polícia Nacional, em Assunção, a capital, alegam que foram enganados e agiram de boa fé.