Jornalismo esportivo de luto! Morte de Rodrigo Rodrigues rende inúmeras homenagens

Alegre, criativo, agregador e sempre de bem com a vida, Rodrigo Rodrigues fez do bom humor uma marca registrada de sua competência como jornalista e músico. Carismático, o carioca da Tijuca, que foi um dos mais versáteis da televisão brasileira nos últimos anos, morreu ontem, aos 45 anos, vítima de trombose venosa cerebral decorrente da Covid-19, no Hospital da Unimed, onde estava desde sábado.

Rodrigo começou a carreira em 1995, na Rede Vida. Trabalhava com o que mais gostava: música — em 2001, cobriu o Rock in Rio. Passou por TV Cultura, SBT e Bandeirantes, lançando o primeiro livro em 2008: 'As Aventuras da Blitz', que conta a história da banda de rock dos anos 1980, liderada por Evandro Mesquita. Ainda escreveria 'Almanaque da Música Pop no Cinema' e guias de roteiros turísticos em Londres e Paris.

Em 2011, o então jornalista cultural migrou para o esporte e logo foi contratado pela ESPN Brasil. Em janeiro de 2019, chegou à Globo, onde trabalhou até o dia 9 de julho, quando apresentou o 'Troca de Passes' e relatou que um amigo com quem tivera contato recente testara positivo para a Covid-19. No dia 13, Rodrigo fez o exame, que também diagnosticou o vírus. Inicialmente, ele teve sintomas leves, como falta de paladar e olfato. Tudo mudou no sábado, quando deu entrada no hospital com vômitos, desorientação e dor de cabeça. Além de se destacar como brilhante jornalista, Rodrigo era o idealizador e o líder da banda de rock 'The Soundtrackers'.

Rodrigo Rodrigues era funcionário da Rede Globo, mas sua morte comoveu a maioria dos jornalistas com os quais ele trabalhou em outras emissoras, minimizando a habitual concorrência. Os canais SporTV e ESPN-Brasil dedicaram programas especiais para ele.

"O maldito vírus foi atacar justamente seu cérebro genial. Rodrigo, meu amigo, está levando luz e seu coração generoso a algum lugar do universo", postou o jornalista Paulo Vinícius Coelho. Clubes de todo o Brasil emitiram notas de pesar pelo falecimento de RR, como Rodrigo Rodrigues era carinhosamente chamado.