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Juventude, a 'ferida' que não cicatrizou no Botafogo

Vice-campeões da Copa do Brasil de 1999, ex-jogadores relembram o pior dia de suas vidas

O técnico Zé Ricardo teve dez dias para preparar a equipe
O técnico Zé Ricardo teve dez dias para preparar a equipe -

Quase 19 anos após o Juventude faturar a Copa do Brasil sobre o Botafogo, diante de mais de 113 mil pessoas no Maracanã — recorde até hoje da competição —, o verde e o branco dos gaúchos ainda causam arrepios nos alvinegros. O algoz de 1999 reencontra o Fogão na noite desta quinta-feira, às 21h30, no Estádio Nilton Santos, partida de ida da terceira fase do torneio. O compromisso da volta será dia 11, em Caxias do Sul.

Ao MEIA HORA, o ex-apoiador Rodrigo Bekcham, destaque do time que contava com o tetracampeão Bebeto e o experiente Válber, não entende como o Glorioso parou na 'retranca' do Juventude, que segurou o 0 a 0 no Rio depois de vencer por 2 a 1, no Alfredo Jaconi. Esse jogo teve dois gols alvinegros erradamente anulados pelo ex-árbitro Márcio Rezende de Freitas.

"A história seria outra. É uma ferida que nunca cicatrizará. Fiz os dois gols anulados e sabíamos que poderíamos vencer no Rio. Infelizmente, não aconteceu", relembrou Rodrigo, com tristeza na fala, muito por não ter começado entre os titulares no Maraca. "O Gilson Nunes (técnico naquele ano) nunca me disse o motivo de eu não ter começado o jogo. Mas faz parte, passou", completou.

A dor é compartilhada por Sérgio Manoel, camisa 11 do Fogão na conquista do Brasileirão de 95. Para ele, a excelente campanha da equipe, que eliminou São Paulo, Athletico Paranaense e Palmeiras — campeão da Libertadores de 99 — merecia uma melhor sorte.

"Um dos dias mais tristes da minha vida. Mas houve méritos do Juventude, que foi ao Maracanã e se defendeu muito bem. Até hoje me recordo do Maraca preto e branco", comentou o 'Formiguinha', hoje vivendo nos EUA.

Já o ex-zagueiro Sandro, símbolo de raça daquele grupo, sua expulsão no Sul contribuiu para a perda da Copa do Brasil de 99. "Rapaz, se eu estivesse em campo naquele dia, nem que eu pegasse a bola com a mão e saísse correndo igual futebol americano. Não éramos o melhor time daquela edição, mas crescemos muito nas fases finais. O Juventude foi para o Rio determinado a não perder".

O técnico Zé Ricardo teve dez dias para preparar a equipe VITOR SILVA / SS PRESS / BOTAFOGO
Zé Ricardo disse que atravessa o momento mais difícil da carreira Vitor Silva / SSPress / Botafogo

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