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A faixa já está na mão

Nação rubro-negra esbanja otimismo para a final contra o Vasco, amanhã

Marlon (E) e Pasquale exibem a faixa de campeão, no Largo da Carioca
Marlon (E) e Pasquale exibem a faixa de campeão, no Largo da Carioca -

O apito final do árbitro Rodrigo Nunes de Sá foi a senha para que a torcida do Flamengo começasse a festa. A vitória por 2 a 0 sobre o Vasco no primeiro jogo da final do Campeonato Carioca tranquilizou a alma dos rubro-negros, que estufam o peito, confiantes, exibindo, ainda que antecipadamente, a faixa de campeão pelas ruas do Rio de Janeiro. A decisão é amanhã, às 16h, no Maracanã.

No Largo da Carioca, no Centro da cidade, não é raro ver um flamenguista ostentando a peça, transmitindo aos outros torcedores a confiança que só quem está prestes a ser campeão tem, deixando a humildade de lado.

"Estou confiante, vamos ser campeões. Está decidido já. É contra o Vasco, pode botar a faixa mesmo, não dá azar, tem que manter o mesmo pique do primeiro jogo", decreta o entregador Marlon Augusto, de 22 anos, vestindo uma camisa do Flamengo, obviamente.

Marlon lamenta apenas a ausência de Bruno Henrique na final — o atacante recebeu o terceiro amarelo no primeiro jogo e não pegará o Vasco amanhã: "Ele é o melhor jogador do Campeonato Carioca. Foi muito decisivo em todo o torneio".

O ambulante Marcelo da Silva faz coro ao colega rubro-negro. "Pode botar a faixa mesmo, já levamos esse campeonato, domingo (amanhã) é 4 a 0", sentencia, orgulhoso da peça, vendida a R$ 10 na banca do Marcelo Tricolor, há 20 anos no Largo da Carioca.

O engraxate Marcos Vinícius, de 26 anos, que se diz "apaixonado pelo Flamengo, mas não pelo futebol", garante que está tudo encaminhado para o título no Maraca: "Domingo (amanhã) é bingo, vamos ser campeões. É tudo nosso".

No meio de tanta euforia, um ponto de cautela surge dissonante. O entregador de vendas Pasquale, de 23 anos, prega respeito ao Vasco, mas sem desgrudar da faixa.

"Não tem nada decidido, temos uma boa vantagem, um elenco muito caro, mas é futebol. Estou muito confiante, mas tem uma camisa pesada do outro lado, é sempre bom respeitar o Vasco. Se rola um gol no início ou uma expulsão, vira um Deus nos acuda. Ainda não acabou, nada de salto alto", ressalta.