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Diretor do Genk diz que chegou a ter acordo com Flamengo, mas Muniz rejeitou oferta; entenda o cenário

Atacante e seus empresários recusaram a proposta e vão esperar outras alternativas; forma como a diretoria rubro-negra conduziu a negociação não agradou aos representantes do atleta

Rodrigo Muniz comemorando seu primeiro gol pelo time profissional do Flamengo
Rodrigo Muniz comemorando seu primeiro gol pelo time profissional do Flamengo -
Depois de acertar a venda de Gerson ao Olympique de Marselha, o Flamengo esperava sacramentar a ida de Rodrigo Muniz ao Genk, da Bélgica. Mas o atacante e os seus representantes não gostaram da proposta salarial do time belga e rejeitaram. Em contato com Dimitri De Condé, diretor da equipe europeia, ele confirmou a informação e disse que ainda não desistiu do jogador rubro-negro, mas revelou que está olhando para outras opções.
"Ainda não desistimos, mas em uma transferência, as três partes precisam chegar a um acordo: o jogador, o time que vende e o time que compra. Ainda não chegamos a esse acordo. É um atacante interessante, mas há outras opções. Ele (Rodrigo Muniz) ainda não aceitou a oferta. Esperamos resolver em breve."
O Genk fez quatro propostas ao Flamengo para ter Rodrigo Muniz. A quarta (e última) foi de 5 milhões de euros, cerca de 32 milhões de reais pela cotação de hoje, e o Rubro-Negro deu o "ok" depois de chegar a um denominador comum com o Desportivo Brasil, equipe que detém 50% do atacante. O time paulista abriria mão de uma parte e ficaria com 25% do montante.
Com Flamengo, Desportivo Brasil e Genk alinhavados, o time belga realizou a oferta salarial aos empresários de Rodrigo Muniz, que conversaram com o jogador, entenderam que o valor foi aquém do esperado e decidiram que vão aguardar outras possibilidades. Segundo apurou a reportagem, além de 150 mil euros, cerca de 919 mil reais, em luvas, o jogador receberia 735 mil reais por ano de salário caso aceitasse atuar pelo time belga.
Outro ponto que pesou contra foi que os empresários de Rodrigo Muniz não gostaram de como o Flamengo conduziu a negociação. A oferta do Genk foi levada ao Rubro-Negro através de um intermediário brasileiro que não pediu a autorização aos representantes do atacante para fazer as tratativas, que durou por cerca de um mês.
O Flamengo, posteriormente, tentou "forçar" uma venda. Bruno Spindel, diretor executivo, entrava em contato com os representantes de Rodrigo Muniz para tentar convencê-los a topar o projeto do Genk, mas foi em vão e só gerou desgaste entre as partes.
Os empresários de Rodrigo Muniz e diretoria do Flamengo já não falam a mesma língua desde o começo do ano, quando negociaram uma renovação de contrato do atacante, que ainda tem salário "patamar Sub-20", mas não chegaram a um acordo. Atualmente, o custo mensal do atleta aos cofres rubro-negros é de "apenas" R$ 20 mil.
O Atlético-MG sondou a situação de Muniz, mas o Flamengo comunicou aos empresários dele que para clubes "rivais na briga por título na temporada", a chance é zero de ter negócio.
O jogador, por ora, segue no Rubro-Negro e tem chances de ser titular nesta quinta-feira contra o Coritiba, pela Copa do Brasil, às 19h, no Couto Pereira. Com Pedro poupado e Gabigol como dúvida, o jovem atacante pode começar a partida.