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Prejuízo além da conta

Fora a perda de premiação, Tricolor teme baque no programa sócio-torcedor

O técnico Odair Hellmann
O técnico Odair Hellmann -

A eliminação precoce na primeira fase da Copa Sul-Americana acarreta um enorme prejuízo ao Fluminense, não apenas na questão financeira. Além de deixar de arrecadar os 6,57 milhões de dólares (R$ 28,7 milhões) se fosse campeão — ficou com R$ 1,3 milhão da primeira fase —, o Tricolor perdeu a sua melhor chance de título em 2020.

Agora, vê o plano de marketing ser atrapalhado e ainda coloca pressão no técnico Odair Hellmann e no elenco. Sem o orçamento para 2020 divulgado, não é possível saber ao certo o quanto a eliminação para o Unión La Calera, do Chile, impacta no planejamento financeiro da temporada.

Mas é fato que, além da premiação, o Fluminense perde outras fontes de renda, como a bilheteria e bares no Maracanã. Nos últimos anos, os jogos na Sul-Americana foram os que apresentaram melhor público. Em 2019, contra o Corinthians, 57.703 pessoas compareceram, com lucro de mais de R$ 1,1 milhão no borderô.

Talvez o maior prejuízo seja na relação com o torcedor. A eliminação acontece dias antes de entrar no ar o reestruturado programa de sócio-torcedor, grande aposta da diretoria para chegar a mais de 40 mil associados. Além do desânimo sem o principal objetivo do ano, a tendência é frear o número de adesões até que os tricolores voltem a se animar.

Isso sem falar na perda de visibilidade para oferecer nas negociações por patrocínio. Com menos dinheiro, a diretoria também precisará rever o planejamento de gastos com o futebol em 2020. E também se vê com menos opções para levantar uma taça.