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Com a bênção de Dinamite, Cano pode fazer história na Colina

Maior ídolo e artilheiro do clube, destaca qualidades do principal nome do clube na temporada

Roberto Dinamite Novembro 1981
Roberto Dinamite Novembro 1981 -

Palavra de craque tem valor. Principalmente, quando ele ainda é o maior ídolo e artilheiro do clube, com 702 gols. Na torcida pelo Vasco, que hoje, às 21h, recebe o Atlético-GO, em São Januário, Roberto Dinamite acompanha com um olhar clínico os feitos de Germán Cano. Dono do recorde de gols em Brasileiros, com 190 em 21 participações, o eterno camisa 10 da Colina vê no argentino potencial para defender a vocação do clube de fazer gols e revelar artilheiros, pois Romário (154) e Edmundo (153) completam o 'pódio'.

"Faro, ele tem. Muitos podem questionar que ele aparece pouco, mas sempre é decisivo. O clube está bem servido, pois ele não costuma desperdiçar chances. A maioria das finalizações dele precisa de um toque na bola apenas. Cano tem o fundamental para todo o atacante que se preze, que é o posicionamento da área", avaliou Dinamite.

Com o faro em dia, o argentino é responsável por 14 dos 25 gols cruzmaltinos em 2020, cinco deles no Brasileiro. A média de 0,71 impressiona e está cruzando fronteiras. Após garantir a vitória por 1 a 0 sobre o Athletico-PR, Cano foi citado nas redes sociais da Fifa e chamado de 'Máquina de Gols'. Carioca com mais artilheiros no Brasileiro, o Vasco conta com a precisão de Cano para fazer bonito e, de quebra, emplacar o primeiro gringo como goleador máximo na história da competição.

"O rendimento de Cano em relação ao aproveitamento é ótimo. Essa confiança é transmitida para o time. Laterais, meias, atacantes... Todos que vão procurá-lo. Na minha época, o time girava em torno do atacante. Nesse sentido, o Vasco tem feito o dever de casa. Atacante com essa média, joga leve, solto, acredita mais e vê toda a bola importante passar por ele", disse Dinamite.

Carioca que mais emplacou artilheiros no Brasileiro desde 1971, o Vasco tem no equilíbrio um diferencial. Dono da defesa menos vazada da competição, com cinco gols em sete rodadas, o Cruzmaltino deposita em Cano a confiança para resolver na frente. Fã de Romário, três vezes artilheiro do Vasco na Série A, o argentino tem inspiração de sobra para fazer história e quem sabe melhorar a média do ídolo: 0,71 gols por jogo em 2000; 1,16, em 2001; e 0,73, em 2005, com impressionantes 39 anos.

 

Roberto Dinamite Novembro 1981 Arquivo O Dia
Lá Máquina, Germán Cano marcou 14 gols em 21 jogos em 2020 Rafael Ribeiro/ Vasco