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Decisão judicial obriga diretoria do Vasco a reintegrar funcionários demitidos em março

Clube de São Januário tem até cinco dias úteis para acatar pedido

Jorge Salgado assumiu o Vasco com difícil missão
Jorge Salgado assumiu o Vasco com difícil missão -
Rio - A Justiça do Rio de Janeiro determinou na manhã desta terça-feira que o Vasco reintegre em até cinco dias úteis os 186 funcionários que haviam sido demitidos no início da gestão do presidente Jorge Salgado. As informações são do portal "Esporte News Mundo".
De acordo com o site, o juiz Robert de Assunção Aguiar, da 60ª Vara do Trabalho do Rio do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), entendeu que há probabilidade do direito e o perigo de dano aos trabalhadores. A decisão do magistrado é de que os trabalhadores deverão ser reintegrados na mesma função e com as mesmas atribuições anteriores às demissões.
O Ministério Público do Trabalho (MPT) ainda pediu o ressarcimento integral do valor de todo o período que eles estavam afastados, mas por ora, o pedido foi indeferido pelo juiz.
"Afirmar a parte ré que existiu um diálogo prévio com o sindicato da categoria, com o devido e sincero respeito, é não observar que o próprio sindicato afirma que foi surpreendido com as demissões. Como se vê, não se pode dizer que existiu prévia negociação ou diálogo social”, argumentou o magistrado em trecho da decisão, antes de completar:

"Tentar o clube celebrar um acordo coletivo de trabalho após as demissões imotivadas já efetivadas, é, no mínimo, tentar valer-se do desespero dos trabalhadores, agravado pelo período de pandemia, para impor condições para pagamentos de direitos que deveriam ter sido pagos à época própria".
Para cortar gastos, o Vasco anunciou a demissão destes funcionários no começo de março. As demissões significaram uma redução de R$ 40 milhões no ano em salários e um corte de 35% do orçamento do Cruzmaltino.