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Grávida de oito meses não teria morrido ao cair e bater cabeça no chão após empurrada

Delegacia de Homicídios investiga se gestante morreu por overdose e aguarda laudo com a causa da morte que sairá em 30 dias. Mãe de jovem diz que ela caiu após discussão com amiga

Polícia investiga morte de Maria Fernanda, que estava grávida de oito meses
Polícia investiga morte de Maria Fernanda, que estava grávida de oito meses -

Rio - A Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) investiga se a morte de Maria Fernanda Macedo, 16 anos, grávida de oito meses, foi provocada por uso de drogas e ao ser empurrada durante uma em Rio das Pedras, Zona Oeste do Rio, nesta terça-feira. A primeira informação é de que Ketllin Gomes teria tentado separar uma briga da jovem e ela acabou caindo e batendo com a cabeça no chão. 

Mas, segundo a polícia, ela pode ter tido várias convulsões provocadas pelo uso de entorpecentes. Os investigadores não descartam outras hipóteses, mas aguardam o laudo da necropsia, que sai em trinta dias. A menor chegou a ser atendida na Clínica da Família Helena Bessermann Viana, em Rio das Pedras, mas acabou morrendo.

Renata, mãe da Maria Fernanda diz que houve briga entre a filha e uma amiga - Armando Paiva/ Agência O Dia

Segundo a mãe de Maria Fernanda, a doméstica Renata Ferreira Macedo, de 38 anos, ela saiu com a filha às 9h30 quando foram atacadas por Ketllin. Renata ia para o trabalho e a filha, comprar pão. "Estava indo para o trabalho quando ela chegou de surpresa e empurrou Maria Fernanda e fugiu. Minha filha começou a passar mal e foi levada para a clínica da família", contou Renata, que está com o rosto arranhado. A doméstica reclamou da demora no atendimento da menor na unidade de saúde.

Já o pai do bebê que Maria Fernanda esperava, Rafael de Souza Cassiano, 26 anos, contou que a adolescente usava drogas e teve convulsões. Ele contou que se separou da jovem porque ela andava em más companhias e que Maria Fernanda e Ketllin não se davam bem.

Rafael, pai do filho da adolescente, diz que ela usava drogas e teve convulsão - Armando Paiva/ Agência O Dia

"Eu estava separado dela por causa das amizades. Ela passou quatro dias fora e depois voltou e dormiu comigo. Na terça-feira, saí para trabalhar, quando uma amiga da Maria Fernanda ligou dizendo que ela estava tendo convulsões. Eu me separei dela porque usava drogas como 'Cheiro da Loló'", garantiu Rafael.

Ele contou que já havia discutido com Ketllin e que a mãe dela também não gostava da amiga da filha. "Eu mesmo tive uma discussão com ela na segunda-feira porque ela vinha procurar minha mulher sabendo que ela estava grávida. Eu não estava na hora da discussão entre elas, estava trabalhando. A mãe de Maria Fernanda não gostava daquela amiga por ser má companhia', disse Rafael.

A Delegacia de Homicídios já ouviu duas pessoas sobre o caso, e aguarda o depoimento de Ketllin. O laudo com a causa da morte de Maria Fernanda sai em 30 dias.

Polícia investiga morte de Maria Fernanda, que estava grávida de oito meses Reprodução Facebook
Rio, 17/04/2019 BRIGA RIO DAS PEDRAS- Renata Ferreira, mãe da Maria Fernanda Ferreira Macedo, 16 anos, grávida de 8 meses, que morreu na comunidade do Rio das Pedras, após ser empurrada, comparece ao IML para reconhecimento da filha, centro do Rio de Janeiro. Foto: Armando Paiva/Agência O Dia morte de grávida, Rio da Pedras Armando Paiva/ Agência O Dia
Rio, 17/04/2019 BRIGA RIO DAS PEDRAS- Rafael de Souza Cassiano, pai do filho de Maria Fernanda Ferreira Macedo, 16 anos, grávida de 8 meses, que morreu na comunidade do Rio das Pedras, após ser empurrada, comparece ao IML para reconhecimento da filha, centro do Rio de Janeiro. Foto: Armando Paiva/Agência O Dia morte de grávida, Rio da Pedras Armando Paiva/ Agência O Dia