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Motorista que atropelou 18 no calçadão de Copacabana é condenado por falsidade ideológica

Antônio de Almeida Anaquim sofria de epilepsia e ocultou a informação na renovação de sua carteira de motorista. Em outro processo, ele responde pelo homicídio culposo de um bebê e um australiano, além de lesão corporal culposa

Antônio de Almeida Anaquim atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana, em janeiro de 2018. Uma bebê e um australiano morreram
Antônio de Almeida Anaquim atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana, em janeiro de 2018. Uma bebê e um australiano morreram -
O motorista que atropelou 18 pessoas no calçadão de Copacabana, na Zona Sul do Rio, em janeiro de 2018, foi condenado por falsidade ideológica. Antônio de Almeida Anaquim sofria de epilepsia e ocultou a informação na renovação de sua carteira de motorista. Em outro processo, Anaquim responde pelo homicídio culposo de um bebê e um australiano, além de lesão corporal culposa. 
O juiz Marcel Duque Estrada, da 36ª Vara Criminal, determinou pena de um ano e meio de prisão em regime aberto, que foi substituída por prestação de serviços comunitários. Segundo a GloboNews, a defesa irá recorrer da sentença, proferida em 1º de agosto.
Na sentença, o magistrado diz que o "o réu admitiu que usava medicamentos regulares para epilepsia desde os 12 anos de idade, mas que declarou no questionário para renovação da carteira de habilitação que não fazia uso de remédio ou fazia tratamento de saúde, bem como que nunca sofrera tonturas, desmaios, convulsões ou vertigens". Com isso, "alterou a verdade sobre um fato juridicamente relevante visando a obtenção da carteira nacional de habilitação", segundo o juiz.
O acidente
Anaquim invadiu com o carro o calçadão de Copacabana, na altura da Rua Figueiredo de Magalhães, e atropelou 18 pessoas que estavam passeando no local. Segundo relataram testemunhas e imagens de câmeras de segurança registraram, o veículo estava em alta velocidade, perdeu o controle e subiu o calçadão.

Morreram a bebê Maria Louise, de oito meses, que passeava com a mãe e a avó, e o australiano Christopher John Gott, que ficou internado em coma por mais de quatro meses. Testemunhas de acusação no processo de homicídio culposo e lesão corporal culposa contra Antônio Anaquim foram ouvidas este mês.