Rio - Detentas que atuam no setor de costura da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, vão produzir cerca de 30 mil máscaras de proteção contra o novo coronavírus, em troca de redução da pena. De início, os itens serão destinados para agentes da área de segurança do Estado, mas o projeto é ampliar a confecção para atender outros setores, em que os profissionais têm contato direto com a doença, como os da Secretaria de Estado de Saúde.
A iniciativa é uma das medidas do governo do estado na luta contra a Covid-19. "A transversalidade é arma no combate ao coronavírus", afirmou o secretário de Trabalho e Renda, Jorge Gonçalves. Diretora da Penitenciária Talavera Bruce, Silvana Silvino explico que ainda não é possível estipular o tempo necessário para a confecção da quantidade de máscaras, já que que o tecido necessário nunca foi utilizado nas peças produzidas por elas rotineiramente.
No próximo fim de semana, cerca de 20 detentas vão trabalhar, exclusivamente, na confecção das máscaras. O objetivo é que mais detentas façam parte da confecção das máscaras. "Utilizar a população carcerária nesse projeto é uma iniciativa importante para aumentar a oferta dos equipamentos de proteção", afirmou o secretário de Administração Penitenciária, Alexandre Azevedo.
Segundo Darcy Azevedo, presidente da Fundação Santa Cabrini, essa também é uma oportunidade de integrar a mão de obra das penitenciárias a uma causa humanitária: "As internas vão se sentir fazendo parte da equipe que está se unindo para ajudar. Além disso, poderão reduzir suas penas. Para cada três dias de trabalho, é menos um a ser cumprido dentro da penitenciária".
Máscaras alternativas não são confiáveis
O uso de máscaras durante a pandemia do novo coronavírus tem gerado muitas dúvidas na população carioca. Recentemente, comerciantes têm passado a vender máscaras de pano como uma possível e útil forma de proteção contra a Covid-19. Porém, de acordo com especialistas, as máscaras que verdadeiramente protegem são as que passam por todo um processo de fabricação e que possuem materiais específicos que evitam o contágio.
Roberta França, médica geriatra e psiquiatra, esclareceu todas as questões sobre o uso de máscaras alternativas. Ela garante que, até o momento, não existe nenhum estudo que comprove que a máscara de pano protege. “As máscaras caseiras servem mais como uma ‘barreira’ do que, de fato, uma proteção entre a pessoa contaminada e as demais”, explica França.
A médica também revela que não deve ser utilizada, em hipótese alguma, a mesma máscara durante o dia todo. Para ela, isso pode causar até outros problemas de saúde, além do novo coronavírus. “A máscara tem uma vida curta. Depois de um determinado período, ela perde a sua função de proteção. Além disso, quando você utiliza uma máscara 24 horas por dia no seu rosto, a própria máscara gera uma pressão na sua pele e pode acabar fazendo uma ferida, como uma infecção bacteriana”, conta a especialista.
Vale ressaltar que apenas profissionais de saúde e pacientes com sintoma de coronavírus devem usar as máscaras. França reforça como devem ser os hábitos dos infectados em suas casas. “A orientação é que ela fique o mais isolada possível dos demais, é o procedimento mais efetivo. Além disso, é essencial que objetos como prato, talher e copo sejam destinados para uso exclusivo, evitando assim o contágio", conclui.
Roberta França, médica geriatra e psiquiatra, esclareceu todas as questões sobre o uso de máscaras alternativas. Ela garante que, até o momento, não existe nenhum estudo que comprove que a máscara de pano protege. “As máscaras caseiras servem mais como uma ‘barreira’ do que, de fato, uma proteção entre a pessoa contaminada e as demais”, explica França.
A médica também revela que não deve ser utilizada, em hipótese alguma, a mesma máscara durante o dia todo. Para ela, isso pode causar até outros problemas de saúde, além do novo coronavírus. “A máscara tem uma vida curta. Depois de um determinado período, ela perde a sua função de proteção. Além disso, quando você utiliza uma máscara 24 horas por dia no seu rosto, a própria máscara gera uma pressão na sua pele e pode acabar fazendo uma ferida, como uma infecção bacteriana”, conta a especialista.
Vale ressaltar que apenas profissionais de saúde e pacientes com sintoma de coronavírus devem usar as máscaras. França reforça como devem ser os hábitos dos infectados em suas casas. “A orientação é que ela fique o mais isolada possível dos demais, é o procedimento mais efetivo. Além disso, é essencial que objetos como prato, talher e copo sejam destinados para uso exclusivo, evitando assim o contágio", conclui.