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Caso João Pedro: Policial muda versão sobre arma utilizada na operação

Uma perícia apontou que o tiro que matou João Pedro partiu de uma arma calibre 556

João Pedro Matos Pinto tem 14 anos
João Pedro Matos Pinto tem 14 anos -
Rio - Policiais que participaram da operação que vitimou João Pedro, de 14 anos, no Morro do Salgueiro, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, prestaram depoimento dias depois do crime. Segundo o RJTV, um deles mudou informações dadas no primeiro depoimento.
Em um primeiro momento, um dos policiais envolvidos na operação disse que usou um fuzil 762; no segundo depoimento, no entanto, ele informou que também usou um fuzil 556.
Uma perícia apontou que o tiro que matou João Pedro partiu de uma arma calibre 556. Ao todo, a Polícia Civil apreendeu os quatro fuzis que foram usados na operação: dois 556 e dois 762.
De acordo com a Polícia Civil, Delegacia de Homicídios aguarda os familiares de João Pedro e os adolescentes que estavam na casa com ele para que possam ser ouvidos. O laudo de necropsia já foi anexado ao inquérito e a unidade aguarda ainda o resultados das perícias de local e confronto balístico.
Uma reprodução simulada está prevista para ser realizada após a conclusão dos depoimentos e laudos periciais. A delegacia convidou o Núcleo de Direitos Humanos da Defensoria Pública, que está assistindo a família, e o Ministério Público para acompanharem a reprodução simulada.
Quanto aos militares que participaram da ação, a Corregedoria Geral de Polícia Civil (CGPOL) instaurou uma sindicância administrativa disciplinar para apurar a conduta dos policiais civis que participaram da ação no Complexo do Salgueiro e afastou três policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) que participaram da ação.