Iabas afirma que foi surpreendido com mudança na gestão do Hospital Adão Pereira Nunes, em Saracuruna

Unidade será administrada pela Prefeitura de Caxias, após OS ter suspendido o atendimento a novos pacientes

Menina de três anos está internada com quadro de saúde estável no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes
Menina de três anos está internada com quadro de saúde estável no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes -
O Instituto de Atenção Básica e Avançada a Saúde (Iabas) afirmou, no fim da manhã desta quinta-feira, que foi surpreendido com a mudança na gestão do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (Saracuruna). Mais cedo, o governo do estado e a Prefeitura de Duque de Caxias assinaram um termo de cooperação técnica para que a unidade passe a ser a ser administrada pelo município da Baixada Fluminense.
A medida foi adotada um dia depois a organização social ter suspenso o atendimento de novos pacientes no hospital, alegando falta de repasses da Secretaria estadual de Saúde. O Iabas disse, no entanto, que "em nenhum momento" foi informado oficialmente de decisão de mudar a administração da unidade.
"Apesar do anúncio midiático, a SES não explica como fará a substituição do corpo de 2.264 funcionários, contratados pelo Iabas em regime de CLT. Também não diz o que fará com os contratos de prestação de serviços, além das equipes médicas contratadas como pessoas jurídicas", a OS questiona, em comunicado.
O Iabas disse que o governo do estado deve quase R$ 38 milhões apenas pela gestão mensal do hospital, além dos recursos para os investimentos já realizados. A OS afirmou que manteve o funcionamento da unidade desde o dia 22 de maio, quando venceu o contrato de gestão, sem que a Secretaria de Saúde tomasse uma decisão sobre o que fazer com a administração da unidade, apesar dos 15 ofícios enviados à pasta.
"O Iabas ressalta ainda que tomará as medidas legais cabíveis para cobrar a dívida de quase R$ 38 milhões, referentes aos repasses de custeio do hospital. Nesse valor não estão contabilizamos os investimentos para construção de 52 leitos de UTI e 20 enfermaria, além dos equipamentos necessários para sua operação", avisou.
A organização social disse também que "estranha a desconsideração" da Secretaria de Saúde com os 2.264 funcionários que tem trabalhado no hospital, "mesmo com atrasos nos pagamentos, para manter o atendimento da população".