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Aliado de Witzel, Pastor Everaldo é preso em operação da Lava Jato contra cúpula do Governo do Rio

Presidente do PSC apoiou a candidatura de Witzel e dispunha de espaço no governo, tendo realizado diversas nomeações

Pastor Everaldo em ato de campanha de Wilson Witzel, em 2018
Pastor Everaldo em ato de campanha de Wilson Witzel, em 2018 -
O presidente do PSC , Pastor Everaldo, foi preso pela Polícia Federal na manhã desta sexta-feira no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio, em uma operação que mira um esquema de desvio na saúde. O governador Wilson Witzel foi denunciado pelo Ministério Público como líder do grupo e afastado do governo nesta sexta-feira.

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Pastor Everaldo, Eduardo Cunha e André Moura Divulgação
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O governador Wilson Witzel com Pastor Everaldo, dono do PSC Reprodução DO Facebook
Pastor Everaldo em ato de campanha de Wilson Witzel, em 2018 Reprodução/Facebook
PASTOR EVERALDO (PSC) Coligação: PSC e PROS Divulgação
Pastor Everaldo, que já foi candidato à presidência da República, em 2014, apoiou a candidatura de Witzel e dispunha de espaço no governo, tendo realizado diversas nomeações. O ex-secretário de Saúde de Witzel Edmar Santos disse em sua delação que o pastor controlava e pressionava por contratações na pasta da Saúde.
Procuradores do Ministério Público Federal (MPF), policiais federais e auditores da Receita Federal cumprem diversos mandados de prisão e de busca e apreensão em endereços ligados aos principais nomes do governo do estado do Rio de Janeiro. Entre os alvos estão o governador, o vice-governador Cláudio Castro (PSC) e o presidente da Assembleia Legislativa do estado, André Ceciliano (PT). As diligências foram autorizadas pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves. A medida tem validade inicial de 180 dias.
A operação, batizada de Tris in Idem, é desdobramento da Operação Placebo, que investiga corrupção em contratos públicos do Executivo fluminense. O nome da operação é uma referência ao fato de se tratar do terceiro governador do estado que se utiliza de esquemas ilícitos semelhantes para obter vantagens indevidas.
Segundo apurado pelos investigadores, a partir da eleição de Wilson Witzel, estruturou-se no âmbito do governo estadual uma organização criminosa, dividida em três grupos, que disputavam o poder mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais – a exemplo da Secretaria de Saúde – para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas.
No total, são 17 mandados de prisão, sendo seis preventivas e 11 temporárias, e 72 de busca e apreensão. Além dessas medidas, em outro inquérito, o também ministro do STJ Jorge Mussi autorizou o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão no estado do Piauí, objetivando coletar provas sobre suposto esquema de nomeação de funcionários fantasmas no governo fluminense para desvio de dinheiro público.