Museu do Amanhã abre as portas e atrai turistas e cariocas

Depois de quase cinco meses fechado, em virtude da pandemia do coronavírus, o Museu do Amanhã reabriu ontem ao público. Adotadas diversas medidas de segurança sanitária, logo na entrada, as mudanças podem ser notadas. Os visitantes passam pela medição de temperatura e encontram tapetes sanitizantes e totens de álcool gel, espalhados por todo o espaço. O uso de máscara é obrigatório e número de visitantes, que era de 1200 simultaneamente, passou para 300 por hora.

Com um dia ensolarado, do jeito que o carioca gosta, as pessoas aguardavam na fila mantendo o distanciamento sinalizado por adesivo no chão, dentro e fora do museu. Nos espaços e salas internas, a higienização dos equipamentos interativos é constante. O percurso de visitação também foi modificado e, para evitar aglomerações nos corredores, uma vez iniciada a visita, o público não poderá retornar ao ponto inicial.

As modificações agradaram o público. No Rio à passeio, Caio Vinnicius da Silva, 24, de Brasília, conta que viagem estava agendada para abril, mas adiou por conta da pandemia. Há alguns dias na cidade, ele inseriu no roteiro a visita ao museu assim que soube da reabertura. "Achei magnífico (o museu). E achei os protocolos muito bons. Tem álcool em gel em todo lugar e está tudo muito bem sinalizado".

A paranaense Fernanda Von Knoblauch, 20, e o carioca Tiago Ibraim, 22, da Tijuca, contam que se surpreenderam com a organização. "Na fila, me incomodou que algumas pessoas não estavam respeitando o distanciamento. Mas, prontamente um funcionário apareceu e orientou para que as pessoas se afastassem. Achei muito bom", relata a jovem. "Me senti seguro", resumiu Tiago.

Os dias e horários de funcionamento também mudaram. O Museu passará a abrir somente de quinta a domingo, no horário de 10h às 17h. 

“É importante frisar que tudo está sendo feito para que as pessoas possam retornar ao museu sem risco. Mas, nessa nova fase, é preciso ter cuidado com o outro e esse cuidado passa pelo distanciamento e pelo respeito às regras”, afirma Roberta Guimarães, diretora-executiva do Museu do Amanhã.

Para evitar aglomeração, os ingressos não estão sendo vendidos na bilheteria. A compra deve ser feita pelo site do Museu do Amanhã. Sem saber desta exigência, alguns usuários acabaram voltando para casa. É o caso do estudante Jefferson Borges, 26, da Tijuca.

"Eu não sabia que não venderia o ingresso aqui. Como não tenho cartão de crédito e nem conta (bancária) para fazer o pagamento, não vou poder entrar". 

Já André Nunes, 33, do Méier, teve que pedir ajuda para um amigo. "Pedi para que meu amigo comprasse para mim porque eu só tenho dinheiro em espécie. Ainda bem que deu certo, ou teria que voltar para casa".

Atualizações na exposição 

Para a reabertura, as exposições ganharam novidades. Em algumas salas de vídeo, as imagens vão provocar sensações e reflexões, pautadas pela vivência da pandemia e do isolamento social.

Algumas fotos vão exibir as cidades durante a pandemia para que o público possa ver como as paisagens mudaram durante a quarentena forçada. Há imagens de ruas e lugares de grande circulação de pessoas, como a Praia de Copacabana, completamente vazias.