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Diretor do Butantan diz que morte de paciente não está relacionado à Coronavac

Dimas Covas afirmou que não houve nenhum registro de efeito adverso e que 'estranhou' decisão da Anvisa de paralisar testes com Coronavac

Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas esteve em reunião com a Anvisa na manhã desta terça-feira (9) para esclarecer as dúvidas quanto às pesquisas da CoronVac
Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas esteve em reunião com a Anvisa na manhã desta terça-feira (9) para esclarecer as dúvidas quanto às pesquisas da CoronVac -
São Paulo - O diretor do Instituto Butantan disse, em entrevista à TV Cultura nesta segunda-feira, que 'estranhou' a decisão da Anvisa de paralisar os testes com a Coronavac, uma vez que, ao contrário do que foi informado pela agência, não houve nenhum "efeito adverso grave", mas sim um óbito - e não relacionado à vacina.
"Em primeiro, a Anvisa foi notificada de um óbito, não de um efeito adverso. Isso é diferente. Nós até estranhamos um pouco essa decisão da Anvisa, porque é um óbito não relacionado à vacina", disse o diretor. "Como são mais de 10 mil voluntários nesse momento, podem acontecer óbitos. Nesse momento, (o voluntário) pode ter um acidente de trânsito e morrer", explicou.
A notícia - veiculada no mesmo dia em que a eficácia de 90% em resultados preliminares da vacina da Pfizer e da BioNTech foi anunciada - foi estranhada também por outras pessoas. O próprio governador de São Paulo, João Doria, lamentou em nota que a imprensa tenha sido informada pela Anvisa antes que o próprio governo.
Pelo Twitter, o biólogo e pesquisador Átila Iamarino também expressou estranheza com o anúncio. "Perfeitamente plausível pausar estudo por conta de efeito adverso. Vimos isso com outros dois testes clínicos. Agora, porque a interrupção veio da Anvisa, e não de quem conduz o estudo, me deixa bem confuso", escreveu.