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MEP sugere a criação de comitê científico sobre a covid-19 em Volta Redonda

Mais de 50 pessoas, entre elas agentes públicos, acadêmicos, líderes comunitários, conselheiros do Movimento acompanharam a 'aula pública'

Especialista propõe ao Poder Público, a criação de ‘Comitê Científico Municipal’ sobre a covid-19
Especialista propõe ao Poder Público, a criação de ‘Comitê Científico Municipal’ sobre a covid-19 -
Volta Redonda - A crise sanitária provocada pelo coronavírus, levou o Movimento Ética na Política de Volta Redonda (MEP-VR), a pautar novamente o tema, a exemplo do que fez em 2020, desta vez através de uma ‘aula pública’ para os estudantes do Pré-Vestibular Cidadão (PVC), e aberta à comunidade.
A iniciativa do professor Saulo Karol da área de biologia-física, voluntário no MEP, fez reunir vários especialistas ligados ao MEP de diferentes áreas de conhecimento.

O evento foi realizado no último sábado dia 24, via plataforma e contou com a preleção de oito profissionais das áreas: médica, biomédica, biológica, ecológica, pedagógica, psicológica e nutricional. A atividade foi mediada pelo propositor, o professor Saulo Karol.
“No primeiro momento, apresentamos brevemente o cenário da pandemia em Volta Redonda no contexto de Brasil. O histórico do surgimento da covid-19, e também dados comparativos da presença da pandemia em números reais. Volta Redonda, lamentavelmente apresenta com índice de letalidade de 2,75% (Cf. SUS, dia 224), índice superior à média mundial e no Brasil. Preocupante. O fato merece estudos profundos,” pontuou.
Ainda segundo Saulo, acrescentando “na sequência, os palestrantes de forma muito pedagógica e científica, com recortes em indicadores acadêmicos e parâmetros da OMS reafirmaram cientificamente as urgências de prevenção da vida”, explicou o biólogo.
As falas dos debatedores: médico, Tássio Huguenin; pedagoga Nirlene Tepedino; ecólogo, Fernando Pinto; médico-pediatra, Miguel Tepedino Neto; bióloga, Saritha Montrezor; psicóloga, Daniella Parente e a biomédica e acadêmica de nutrição, Isabela Abreu, abordaram questões relacionadas à necessária compreensão sobre o sistema viral e as alterações ambientais (humana e animal) e suas conseqüências”, disse o conselheiro e TI do MEP, Davi Souza.
“As mutações virais, os tratamentos clínicos e a importância das vacinas, o isolamento e higienização para além da covid-19, a prevenção, o contágio associado ao negacionismo científico, os efeitos socioeconômicos (desigualdades sociais), os impactos na saúde mental (destaque para o fenômeno do stress do enlutamento), efeitos severos na vida das crianças e adolescentes, prejuízos educacionais, entre outros pontos foram debatidos”, resumiu Davi Souza, que acompanhou atentamente o evento.
Durante quase duas horas, mais de 50 pessoas, entre elas agentes públicos, acadêmicos, líderes comunitários, conselheiros do MEP, e na maioria estudantes (60%) acompanharam a ‘aula pública’ sobre o tema.
“Creio, o fato pode ter levado aos hackers em dado momento invadirem a sala, exatamente após as críticas relativas às políticas ambientais e ao uso de medicações, como cloroquina e outros produtos para o tratamento da covid 19 não recomendados pela OMS. A habilidade do Davi, nosso TI, garantiu que o evento não fosse prejudicado”, relatou a professora de física, Elienai Pereira, assessora técnica da sala virtual.
Na finalização, O professor Saulo Karol, ao fazer os agradecimentos lembrou que todos estudantes do PVC podem produzir uma redação sobre a roda de conversa no formato ENEM, e enviar ao professor, Alexandre Batista.
Também diante do alto nível do evento, Saulo, com apoio do conselho do MEP sugeriu ao Poder Público Executivo e Legislativo, a criação do ‘comitê científico municipal’ para analisar os dados relativos a pandemia em Volta Redonda, seus impactos na vida da comunidade, históricos de relevâncias de doenças e elencaram proposições rápidas e de médio prazos para frear as mortes e contaminação pelo vírus.
“A criação do Comitê dará a comunidade científica de VR espaço de escuta proativa, assim o Ministério Público, a PMVR e outros órgãos terão subsídios científicos nas ações”, defendeu Saulo Karol, nas suas considerações finais.