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Meio milhão de MORTES

Brasil atinge triste marca de 500 mil vidas perdidas por covid, após 15 meses de pandemia

Manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro no Centro do Rio seguiu até a igreja da Candelária
Manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro no Centro do Rio seguiu até a igreja da Candelária -

Cerca de 15 meses após início da pandemia, o Brasil atingiu, ontem, a triste marca de 500 mil mortes por covid-19, chegando a 500.022 óbitos e 17.822.659 casos confirmados até o fechamento desta edição. Após o drama da falta de oxigênio em Manaus e a escassez do 'kit intubação', o governo segue desestimulando a adoção de medidas restritivas mais rígidas.

Ao longo da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deu diversas declarações que iam em desencontro às recomendações das principais instituições de saúde do mundo, mostrando-se contrário às medidas de isolamento. As afirmações negacionistas colocaram em dúvida a gravidade da doença, confundindo e desinformando a população.

Bolsonaro, diversas vezes, colocou em dúvida a eficácia das vacinas e defendeu medicamentos ineficazes como a cloroquina.

Em 20 de outubro de 2020, o Ministério da Saúde anunciou que tinha negociações avançadas para garantir 46 milhões de doses da Coronavac, que seriam fabricadas no Instituto Butantan, porém, no dia seguinte, Bolsonaro anunciou o desacordo. "A vacina chinesa de João Doria, qualquer vacina antes de ser disponibilizada à população, deve ser comprovada cientificamente pelo Ministério da Saúde e certificada pela Anvisa. O povo brasileiro não será cobaia de ninguém. Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina", escreveu o presidente.

Após a negativa, o contrato só foi assinado em 30 de dezembro de 2020. No caso da Pfizer, o Brasil esperou encontrar doses em um preço mais baixo, com isso, quando decidiu fazer negócio, ficou com poucas opções e, hoje, sofre com a vacinação em ritmo lento.