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Minutos de terror

Taxista conta como sobreviveu a massacre

Abdul Aziz: sobrevivente
Abdul Aziz: sobrevivente -

O taxista Abdul Kadir Ababora, de 48 anos, um dos sobreviventes do massacre que aconteceu em duas mesquitas em Christchurch, na Nova Zelândia, na sexta-feira passada, disse em entrevista à agência de notícias AFP o quanto é difícil explicar como ainda está vivo. "É um milagre. Quando abri os olhos, só havia cadáveres", comentou. Há duas semanas, ele e sua esposa comemoraram o nascimento do terceiro filho.

Para se proteger, Ababora se jogou no chão, agachou sob uma prateleira cheia de alcorões e se fingiu de morto. De acordo com ele, os longos minutos de angústia são indescritíveis, com a sensação de que a qualquer momento chegaria sua vez.

O sobrevivente ouviu o extremista australiano, de 28 anos, que se declara fascista e supremacista branco, executar metodicamente os fiéis reunidos na mesquita de Al Noor. No total, 50 pessoas morreram no massacre.

Como muitos fiéis que estavam na mesquita, o taxista é um imigrante, vindo da Etiópia em busca de paz e prosperidade. Ele expressa repulsa quanto ao caráter do assassino, que disparou um tiro atrás do outro nos corpos que estavam no chão. De acordo com Ababora, o pesadelo não terminou depois que o assassino saiu, muitos não tiveram coragem de se levantar.

O terrorista, que transmitiu o massacre ao vivo pelas redes sociais, está preso em solitária após ser ameaçado de morte por outros detentos.

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