Recorde de óbitos

Quando se pensava que o pico de mortes pelo novo coronavírus na Itália tinha ficado para trás, o país alcançou o dia mais mortal desde o início da pandemia. Segundo as autoridades, o número de óbitos por Covid-19 chegou a 919 ontem, totalizando 9.143 vítimas fatais no país.

Antes, o recorde havia sido no último sábado, com 793 pessoas mortas. No total divulgado ontem foram incluídos 50 que aconteceram na quinta-feira, na região de Piemonte.

É o terceiro dia seguido de alta. Na quarta-feira foram 683 vítimas fatais, subindo para 712 na quinta-feira. Apesar do número alto, o chefe do Instituto Superior de Saúde da Itália, Silvio Brusaferro acredita que o pico ainda não chegou ao país. São quase 81 mil pessoas infectadas.

A região mais atingida segue sendo a Lombardia, com 5.402 mortes. É lá onde fica Milão. O prefeito da cidade, no fim de fevereiro, fez campanha para que o país não parasse em quarentena. Um mês depois, o político admitiu que errou ao pensar na economia antes da saúde da população.

O número de mortes na Espanha por complicações relacionadas à covid-19 voltou a subir ontem. Nas últimas 24 horas, foram 769 falecimentos (o recorde havia sido entre terça e quarta, com 738 mortes). Na quinta, foram 655.

Ao todo, são 4.858 mortes e 64.059 contaminados, de acordo com o Ministério da Saúde. Destes, 4.165 estão na UTI e outros 9.357 já se recuperaram.

Já nos EUA, a pandemia matou um recorde de 345 pacientes nas últimas 24 horas, segundo uma contagem da Universidade Johns Hopkins, que registra 1.475 mortes no país por esta doença. Atualmente, os EUA concentram o maior número de pacientes com Covid-19 no mundo (97.028) — quase 18 mil novos casos em um dia.