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Hospitais relatam mais casos de Covid

Médicos acreditam que seja reflexo da flexibilização

As emergências de hospitais, primeiro local a sentir as variações de casos de Covid-19, começam a ligar o sinal de alerta: o número de internações, no município do Rio, estaria subindo nas últimas duas semanas, segundo relato de profissionais da Saúde. Porém, tanto o governo do estado, quanto a Fiocruz apostam na estabilização, com ligeira tendência de queda de casos e óbitos.

Segundo dados revelados ontem pela Secretaria Estadual de Saúde, desde o pico da pandemia, na primeira quinzena de maio, o estado registrou uma redução de 82,5% no número de novos óbitos diários pela doença. O dado compara as semanas epidemiológicas referentes ao período de 3 a 16 de maio, com as mais recentes, entre os dias 12 e 25 de julho.

De acordo com a pasta, enquanto há três meses ocorreram, em média, 258 mortes por dia, decorrentes da Covid-19, em julho foram 45 óbitos por dia, como indica a plataforma estadual Painel Coronavírus. Embora os números apontem a tendência de queda, a percepção é de aumento para os profissionais da Saúde, principalmente nas últimas duas semanas.

O diretor-médico do Hospital do Fundão, Alberto Chebabo, avisa que esse crescimento é reflexo da flexibilização. Alexandre Telles, presidente do Sindicato dos Médicos, faz a mesma avaliação: "Percebemos muitos pacientes com sintomas leves de síndromes gripais procurando as unidades de saúde".

A taxa de ocupação dos leitos de UTI e de enfermaria da rede pública confirmam essa percepção. A ocupação dos leitos de enfermaria subiu de 16% para 43% do dia 31 de julho até ontem. Já os leitos de UTI, o mesmo período registrou alta de 46% para 52%.

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