O SUV amigo do bolso

O T-Cross foi a resposta da Volkswagen ao tsunami de SUVs compactos que invadiu o mercado brasileiro nos últimos anos. É bem verdade que ele demorou demais para vir. O lançamento só aconteceu em março e as vendas, em abril. Mas, independentemente do atraso, a marca alemã acertou a mão no modelo, que entrega bom nível de equipamento, nota máxima de segurança, ótimo espaço interno e motores econômicos em todas as versões. O quinto lugar em vendas em julho, com 3.151 unidades emplacadas, à frente de Ford EcoSport (2.530) e colado no Honda HR-V (3.856), comprovam esse acerto.

Nossa primeira oportunidade de dirigir o T-Cross foi ainda em março, com a versão Comfortline, que combina o motor 200 TSI 1.0 turbo ao câmbio automático de seis velocidades. Dessa vez, rodamos por cerca de 300 quilômetros com a versão que traz o bom e velho câmbio manual (cada vez mais raridade no segmento dos SUVs). A versão, vendida por R$ 84.990, é a mais barata da linha.

Assim como as outras configurações, o T-Cross manual tem seus pontos positivos e negativos. Vamos começar, é claro, pelos acertos. O principal deles é o baixo consumo de combustível do SUV compacto. Empurrado pelo motor 1.0 turbo de 128 cv, em nossa avaliação com trecho unicamente urbano, o modelo chega a rodar 12,6 km/l. Na estrada, é ainda melhor, alcançando médias entre 14,1 km/l e 17 km/l, sempre abastecido com gasolina.

A relação do motor com o câmbio manual de seis velocidades não favorece só o consumo. Ela também deixa o T-Cross mais divertido. Graças às relações das três primeiras marchas mais curtas, os 20,4 quilos de torque entregues pelo motor são aproveitados quase que em sua totalidade. Destaque também para o curso menor e os engates precisos da alavanca. A direção é elétrica e conta com boa transição do pesado — mais responsivo — ao leve, bom para manobras.