No Reino Unido, Kate Isaacs criou a campanha "#NotYourPorn" contra pessoas que expõem mulheres na internet e site que reproduzem o conteúdo. Algumas vítimas de revenge porn, ou pornografia de vingança, chegaram a cometer suicídio.
Kate, que também já foi vítima do crime, disse que não sabia da existência dos vídeos e ficou assustada com as hashtags de busca que incluía "f*da minha ex", exibindo sexo entre ela e o ex-namorado. “Quando assisti aos vídeos, fiquei doente. Eu soube imediatamente que era eu. Senti-me suja e envergonhada, apesar de não ter feito nada de errado. Pensei que estava apaixonada por ele na época. Não fazia ideia de que os vídeos haviam sido feitos", contou.
Depois ela acabou descobrindo que outras mulheres denunciaram seus ex-companheiros à polícia por fazer os vídeos e postá-los no site "Pornhub", aparentemente com a intenção de obter lucro. As autoridades britânicas solicitaram uma declaração ao "Pornhub", mas sem respostas a polícia desistiu do caso. Agora a plataforma está sendo acusada de acabar com as investigações sobre o incidente por não responder as informações e alega que nunca chegou a receber nenhum pedido. Por fim, o caso foi encerrado por falta de evidências.
"Em maio, montei uma campanha para destacar a questão do pornô de vingança depois que Rachel, uma amiga íntima, teve sua conta do iCloud hackeada e vídeos sexuais explícitos enviados para o Pornhub", contou Kate, explicando um pouco mais como surgiu a campanha. "Desde então, tenho lidado com pelo menos uma mulher por semana que foi devastada e humilhada por essa forma moderna de agressão sexual - muitas vezes a ponto de me sentir suicida", disse.
"Em maio, montei uma campanha para destacar a questão do pornô de vingança depois que Rachel, uma amiga íntima, teve sua conta do iCloud hackeada e vídeos sexuais explícitos enviados para o Pornhub", contou Kate, explicando um pouco mais como surgiu a campanha. "Desde então, tenho lidado com pelo menos uma mulher por semana que foi devastada e humilhada por essa forma moderna de agressão sexual - muitas vezes a ponto de me sentir suicida", disse.
Rachel entrou em contato com o site para avisar que os vídeos foram roubados da conta do iCloud, alguns dias depois o vídeo foi removido, mas voltou para a plataforma e foi então que ela percebeu que seu nome nunca deixaria a "sugestão de pesquisa". Rachel desistiu e acabou entrando em um quadro de depressão."Em um ponto particularmente vulnerável, ela me disse que havia sido abusada sexualmente antes e, para ela, isso era muito pior. Muitas de nós já sofremos abuso sexual, mas quantos sofreram isso virtualmente e publicamente?", contou Kate.
Em 2017, Damilya Jossipalenya, de 26 anos, tirou a própria vida depois que seu namorado ameaçou enviar imagens deles fazendo sexo para os familiares. No início deste ano, Verônica Rubio, de 32 anos, se suicidou depois que o ex, com ciúme, ameaçou colocar o vídeo dela na internet.
Embora seja ilegal a divulgação de imagens com conteúdo sexual sem consentimento, as leis não se aplicam a empresas de pornografia. Isso quer dizer que sites como o "Pornhub" podem lucrar com vídeos postados por vingança.
Uma outra vítima que não quis se identificar também deu seu relato. "Quando assisti os vídeos, fiquei enjoado. Eu soube imediatamente que era eu", lamentou. "Em pouco tempo, os comentários no Twitter apareceram e o tom do direito foi ensurdecedor - homens comentando seu corpo, publicando abertamente o que fariam se ela estivesse em um quarto com eles", relatou.
A criadora da campanha para ajudar mulheres nessa situação lamentou:"Isso me fez sentir doente. Eu me senti violado por ela o sentimento de total falta de controle e ser invadida era como agressão sexual". Por fim, ela falou sobre a sua insatisfação com a lei em relação ao site que aceita os vídeos. "Eles agora são uma empresa global multibilionária que não tem vontade de cumprir a lei britânica... Porque não precisa", concluiu.
Em 2017, Damilya Jossipalenya, de 26 anos, tirou a própria vida depois que seu namorado ameaçou enviar imagens deles fazendo sexo para os familiares. No início deste ano, Verônica Rubio, de 32 anos, se suicidou depois que o ex, com ciúme, ameaçou colocar o vídeo dela na internet.
Embora seja ilegal a divulgação de imagens com conteúdo sexual sem consentimento, as leis não se aplicam a empresas de pornografia. Isso quer dizer que sites como o "Pornhub" podem lucrar com vídeos postados por vingança.
Uma outra vítima que não quis se identificar também deu seu relato. "Quando assisti os vídeos, fiquei enjoado. Eu soube imediatamente que era eu", lamentou. "Em pouco tempo, os comentários no Twitter apareceram e o tom do direito foi ensurdecedor - homens comentando seu corpo, publicando abertamente o que fariam se ela estivesse em um quarto com eles", relatou.
A criadora da campanha para ajudar mulheres nessa situação lamentou:"Isso me fez sentir doente. Eu me senti violado por ela o sentimento de total falta de controle e ser invadida era como agressão sexual". Por fim, ela falou sobre a sua insatisfação com a lei em relação ao site que aceita os vídeos. "Eles agora são uma empresa global multibilionária que não tem vontade de cumprir a lei britânica... Porque não precisa", concluiu.