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OMS diz que coronavírus pode deixar 73 países sem remédios contra Aids

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 8,3 milhões de pessoas soropositivas dependem dos medicamentos antirretrovirais nas regiões mais atingidas pelo problema

Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou o alerta pela prevenção ao Covid-19
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou o alerta pela prevenção ao Covid-19 -
A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta segunda-feira (6) que mais de um terço dos países do mundo correm o risco de ficar sem medicamentos antirretrovirais para o tratamento da Aids. O motivo é a interrupção nas linhas de fornecimento causada pela pandemia da Covid-19.
Segundo pesquisa realizada pela OMS, 24 dos 73 países integrantes da organização já relataram falta de suprimentos dos medicamentos antirretrovirais.
O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o panorama atual é grave:
— As conclusões desta pesquisa são profundamente preocupantes (...) não podemos permitir que a pandemia da Covid-19 desfaça os ganhos conquistados na resposta global a esta doença — disse ele em conferência internacional sobre Aids.

A OMS afirmou ainda que cerca de 8,3 milhões de pessoas soropositivas dependem dos medicamentos antirretrovirais nas 24 regiões mais atingidas pela falta de medicamentos. A entidade não mencionou quais os países afetados.
Embora não exista cura para a Aids, os medicamentos conhecidos como antirretrovirais podem controlar o vírus.
Para garantir o direito das pessoas soropositivas durante a pandemia, a OMS emitiu orientações sobre como manter o acesso a serviços essenciais de saúde para esse grupo, como clínicas de tratamento e testagem para HIV. O documento destaca também que as autoridades de saúde devem considerar a prescrição de medicamentos contra a Aids por até seis meses.


A criança recebeu tratamento nas primeiras semanas de vida AFP
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, reforçou o alerta pela prevenção ao Covid-19 AFP