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Tecnologia 3D permite analisar internamente múmias de animais

Imagens revelaram fragmentos da vida de três animais do Antigo Egito

This undated handout picture released by Swansea University and obtained on August 20, 2020 shows an Xray tomography data, of a cat (Left) and a snake (right) as scientists have used 3D imaging to examine the contents of three mummified animals -- a cat, a snake and a bird of prey -- to provide unprecedented insight into how they died, all without damaging the specimens. - A team of Britain-based scientists used advanced 3D X-ray imaging to see into three mummified remains stored at Swansea University's Egypt Centre. (Photo by Richard Johnston / SWANSEA UNIVERSITY / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT
This undated handout picture released by Swansea University and obtained on August 20, 2020 shows an Xray tomography data, of a cat (Left) and a snake (right) as scientists have used 3D imaging to examine the contents of three mummified animals -- a cat, a snake and a bird of prey -- to provide unprecedented insight into how they died, all without damaging the specimens. - A team of Britain-based scientists used advanced 3D X-ray imaging to see into three mummified remains stored at Swansea University's Egypt Centre. (Photo by Richard Johnston / SWANSEA UNIVERSITY / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO /SWANSEA UNIVERSITY/RICHARD JOHNSTON " - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS -
Paris - Um gato com o pescoço quebrado, uma cobra com a boca aberta e uma ave de rapina: imagens 3D revelaram alguns fragmentos da vida de três animais mumificados no Antigo Egito, segundo estudo publicado nesta quinta-feira na revista Scientific Reports.

Os egípcios acreditavam na ressurreição e na vida eterna. Para ter acesso a ela, os corpos tinham que ser mumificados, para depois serem depositados em tumbas acompanhados de tudo de que precisariam depois: objetos familiares, animais, etc.

Uma espécie de animal de estimação ou oferenda a um deus, quase todos os animais que viviam no Egito naquela época podiam ser mumificados, do gato ao falcão, passando pelo crocodilo.

Inúmeros exemplares estão preservados atualmente em museus de todo o mundo, mas por muito tempo era impossível saber o que estava sob as bandagens sem danificar as múmias.

Usando imagens de máquinas de raios-X 3D, uma equipe de cientistas da Grã-Bretanha conseguiu "desembrulhar" três múmias de animais no Centro de Estudos do Egito da universidade de Swansea, País de Gales.

De acordo com este estudo, a morfologia do primeiro animal "sugere que os restos provavelmente pertenceram a um gato doméstico egípcio".

O felino tinha menos de 5 meses quando teve suas vértebras quebradas intencionalmente no momento de sua morte ou mumificação, para que pudesse manter a cabeça ereta por toda a eternidade.

A segunda múmia foi considerada "semelhante" a um francelho (pássaro falconiforme); e a última, em forma de ovo, na verdade continha uma jovem cobra enrolada, "que pode ter morrido de uma fratura na coluna vertebral".

Algo surpreendente é que se utilizou resina para manter a boca da cobra aberta, o que sugere que o ritual de abrir a boca foi realizado no animal para prepará-lo para outra vida.

"A abertura da boca permitia (de acordo com as crenças) que as estatuetas de divindades e dos mortos recuperassem seus sentidos", disse à AFP Carolyn Graves-Brown, do centro de pesquisa e coautora do estudo.

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