Paris - A aliança de centro do presidente da França, Emmanuel Macron, mobilizou seus últimos esforços nesta sexta-feira, 17, para tentar manter sua maioria absoluta contra uma esquerda unida nas eleições legislativas de domingo, que encerram vários meses de campanha no país.
"Estamos na rua para lutar até o último minuto!", disse a primeira-ministra, Élisabeth Borne, que comparou o seu projeto que procura "proteger" os franceses com o "perigoso" programa para a economia da coalizão de esquerda.
Macron, reeleito em abril para um novo mandato de cinco anos, depende destas eleições para poder aplicar seu programa liberal, como adiar a idade de aposentadoria de 62 para 65 anos, sem a necessidade de forjar alianças com outros partidos, especialmente a direita.
"O caos são eles", reiterou nesta sexta o esquerdista Jean-Luc Mélenchon, pedindo aos eleitores que votem e "tomem uma decisão clara", porque "caso contrário, será uma bagunça por meses".
Mais da metade dos eleitores se absteve no primeiro turno. As projeções indicam a possibilidade de que o presidente centrista perca sua maioria absoluta, por conta do avanço da esquerda, unida na coalizão Nova União Popular, Ecológica e Social (Nupes), e da extrema-direita.
A aliança Juntos! de Macron alcançaria entre 255 e 305 deputados, seguida pelo Nupes (140 a 200), o partido de direita Os Republicanos e seus aliados UDI (50 a 80) e o Reagrupamento Nacional (RN, extrema-direita) de Marine Le Pen (20 a 50). A maioria está em 289.
Manter a maioria absoluta é o cenário privilegiado para o presidente de 44 anos que, após um primeiro mandato marcado por protestos sociais, a pandemia e, na reta final, a guerra na Ucrânia, espera retomar sua agenda reformista e liberal.
Esse resultado lhe permitiria aprovar leis quase sem resistência no Parlamento, mas corre o risco de reforçar sua imagem de presidente "autoritário".
"O que está em jogo é impedir Macron de ter maioria absoluta", resumiu Jordan Bardella, do RN.
Uma maioria simples devolveria certo protagonismo ao Parlamento, pois obrigaria o chefe de Estado a buscar aliados. Há também formas de impor medidas, mas isso implicaria riscos à continuidade do governo.
O partido Os Republicano, herdeiro da formação dos ex-presidentes Jacques Chirac (1995-2007) e Nicolas Sarkozy (2007-2012), já se vê como árbitro, uma vez que seus votos se tornarão "inevitáveis", segundo a deputada Agnès Even.
Embora tais tratativas sejam comuns na maioria das democracias, na ausência de uma maioria estável, a adoção de leis se tornaria uma dor de cabeça para o partido no poder na França.
O cenário mais temido para Macron é uma grande vitória para o Nupes - uma coalizão de ambientalistas, comunistas, socialistas e a esquerda radical. Mélenchon poderia, assim, reivindicar ser nomeado primeiro-ministro.
O rumo da segunda maior economia da União Europeia (UE) dependerá da votação, num contexto de guerra na Ucrânia e aumento dos preços da energia e dos alimentos.
Rocinha inaugura novo campo de futebol e...
Zoológico de Volta Redonda tem ações ...
Oficina mecânica na Zona Norte do Rio ...
Vídeo mostra momento em que policial é...
Pedida a prisão temporária do homem qu...
Confecção de tapete de sal atrai milha...
Luísa Sonza é atingida por tênis dura...
Murilo Benício e Guito curtem passeio d...
'Conto com o carinho de vocês', diz Sim...