Polícia investiga se chacina em São Gonçalo e Itaboraí foi promovida por paramilitares

Rio - A titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí (DHNSGI), delegada Bárbara Lomba, descartou a possibilidade de os ataques que resultaram na morte de nove pessoas em São Gonçalo e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, terem sido motivados por uma guerra entre traficantes. Os crimes aconteceram entre a noite de domingo e a madrugada de segunda-feira. Na ocasião, outras três pessoas ficaram feridas. A principal linha de investigação agora é de uma ação praticada por milicianos.

"Ouvimos familiares das vítimas e estamos buscando novas imagens. Também estamos tentando identificar outras testemunhas. No entanto, estamos descartando uma guerra entre traficantes. Trabalhamos com outras linhas de investigação, como a atuação de grupo de milicianos", disse a delegada.

"Não podemos afirmar ainda, mas essa seria a principal hipótese. Sabemos que foram os mesmos autores que praticaram os fatos diversos e que há conexão entre eles", acrescentou Bárbara Lomba, referindo-se ao fato de que a chacina aconteceu em cinco pontos diferentes de bairros localizados na divisa entre São Gonçalo e Itaboraí.

A polícia também não descartou ainda a hipótese de a chacina ter ligação com a morte do cabo da Polícia Militar Rodrigo Marques Paiva, 35 anos, assassinado na quinta-feira, no bairro de Marambaia, em São Gonçalo. Segundo essa linha de investigação, a chacina teria sido uma represália à execução do policial. Equipes da DHNSGI conseguiram um vídeo no qual o carro dos bandidos aparece.

Ontem, os corpos de Rodrigo Avelino Braga, de 38 anos, Renan Trigueiro de Almeida, de 20, e Gabriel Trigueiro de Oliveira, de 19, foram sepultados no Cemitério do Maruí, em Niterói, em um clima de muita tensão.