A Polícia Civil interditou, por tempo indeterminado, o Terreirão do Samba, no Centro do Rio, onde a universitária Maria Fernanda Ferreira de Lima, de 20 anos, foi eletrocutada durante uma festa, na madrugada de domingo e morreu em seguida. O inquérito da 6ª DP (Cidade Nova) está investigando responsabilidades pelo acidente. Ontem, a estudante foi sepultada no Cemitério de Irajá, Zona Norte, em meio a um clima de muita comoção. Amigos prestaram uma última homenagem nas redes sociais: "Maria Fernanda (ou Fefê, como eu a chamava carinhosamente) foi minha aluna. Que dor no meu coração ela partir dessa forma. Ainda não consigo acreditar. Vá em paz e com todo o meu carinho", postou um professor.
Além de anunciar a interdição do Terreirão, a delegada responsável pelo caso, Maria Aparecida Mallet, intimou Vitor Torres de Alencar, organizador da festa Puff Puff Bass, a prestar novo depoimento ontem, mas ele não compareceu. Ele havia concedido esclarecimentos e será novamente chamado a depor amanhã.
A delegada não descarta que um tapume de ferro possa ter causado dano à rede subterrânea de eletricidade. "Só com o laudo da perícia poderemos afirmar o que causou o choque. O administrador do Terreirão, Sérgio Luiz Noronha, disse que a Rioluz não fez vistoria na rede subterrânea, apenas na caixa de força e na rede aérea", disse a delegada, que vai cobrar da Rioluz os laudos das vistorias no Terreirão do Samba.