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PM que espancou dona de lanchonete vira réu

A agressão aconteceu após o cabo ficar insatisfeito com um dos sanduíches que ele pediu por um aplicativo de comidas

Câmaras de segurança do local flagraram as agressões do PM
Câmaras de segurança do local flagraram as agressões do PM -
O policial militar Augusto Cesar Lima Santana, preso após espancar a dona de uma lanchonete em Curicica, Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, em março deste ano, virou réu e vai responder por lesão corporal grave, constrangimento ilegal, ameaça e falsa identidade por ser apresentar à polícia como um delegado da Polícia Federal. A decisão foi dada nesta sexta-feira pelo desembargador Caio Itálo França David, da 2ª Vara Criminal da Região de Jacarepaguá, dentro do processo que julgava um Habeas Corpus do militar, que acabou sendo negado.
 
A agressão aconteceu após o cabo ficar insatisfeito com um dos sanduíches que ele pediu por um aplicativo de comidas. Ele queria o lanche sem molho. Irritado, ele foi ao local tirar satisfações com os funcionários. Imagens de câmeras de segurança registraram o momento que o agressor chega ao local. Dois entregadores da loja — que estava na calçada — foram rendidos e apanharam. Logo em seguida, o homem entrou na lanchonete e começou a espancar a dona do empreendimento com socos tapas, coronhas e até puxões de cabelo ao ser arrastada pelo PM.
 
Na denúncia do Ministério Público, a promotora sustentou que a mulher sofreu fratura na costela e acabou desmaiando durante o espancamento. O MP quer que o militar seja condenado e pague uma indenização à empresária. Na Corregedoria da Polícia Militar, um inquérito para apurar a agressão ainda não foi finalizado.
Preso no Batalhão Prisional da Polícia Militar, no Fonseca, em Niterói, o militar continua recebendo remuneração da corporação. O valor passa de R$ 4,5 mil. O DIA não conseguiu falar com a defesa de Augusto Cesar.