Os filhos gêmeos de 11 anos do tenente-coronel André Luiz do Amaral Rocha, preso por manter a mulher e as crianças reféns por 14 horas, imploraram para o pai não matar a mãe deles, Luciana Arminda. Eles ficaram em cárcere sob a mira de uma arma da noite de terça-feira até a manhã de quarta.
Conforme relatado na decisão judicial que converteu a prisão flagrante em preventiva, na quinta-feira, a briga começou por ciúmes do militar, que arrastou a mulher pelos cabelos, a chamando de "sem vergonha" e agredindo-a.
O síndico chegou a tocar no apartamento e o porteiro ligado para saber o que acontecia, mas o agressor mandou que a esposa dissesse que "estava tudo bem". "Mais adiante as crianças avisaram que a polícia estava no local, quando então o indiciado teria mandado que a vítima e as crianças se sentassem em frente à porta, apontando a arma de fogo. Os filhos então a abraçaram pedindo para que não fizesse aquilo... imploravam para o indiciado não matar a mãe", descreveu o juiz Antônio Luiz da Fonseca Lucchese.