Família é vítima mais uma vez

Os órgãos do menino Kauã Rozário, de 11 anos, que teve morte cerebral cinco dias após ser vítima de uma bala perdida, na Vila Aliança, em Bangu, bairro da Zona Oeste do Rio, não poderão ser doados. A informação é da Secretaria Estadual de Saúde, responsável pelo Programa Estadual de Transplantes (PET).

A doação era um desejo da família da criança, mas o disparo no abdômen afetou tecidos e o funcionamento dos órgãos. "As lesões provocadas pelo tiro foram muito graves, impossibilitando a captação e utilização dos órgãos para o transplante", disse a secretaria. Kauã estava internado no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo.

O menino foi atingido quando andava de bicicleta em uma rua da comunidade. Segundo a PM, policiais do 14º BPM (Bangu) foram atacados por criminosos e houve intenso confronto. Familiares de Kauã dizem que policiais entraram na comunidade atirando e atingiram o menino. 

O tiroteio também matou o mototaxista Leonardo Rodrigues dos Santos, de 25 anos. Segundo familiares do rapaz, ele trabalhava quando, em meio ao tiroteio, acabou sendo baleado. Um terceiro homem não identificado também foi ferido.