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Chuva forte deixa o Rio embaixo d'água

Temporal provoca alagamentos, quedas de árvores, quilômetros de engarrafamentos e interfere no transporte público, levando o caos à população na Região Metropolitana

CHUVA CUIDADOS
CHUVA CUIDADOS -

Bolsões de água, carros e motos encobertos, muita gente ilhada, árvores arrancadas, quilômetros de engarrafamento e destruição por todos os lados. Esses foram alguns dos reflexos das pancadas de chuva que atingiram o Rio ontem de manhã.

Às 11h50, o município entrou em estágio de atenção, segundo o Centro de Operações. Às 11h19, a Avenida Niemeyer foi totalmente fechada para os moradores porque os protocolos de interdição foram atingidos devido à chuva.

O Aeroporto Santos Dumont foi fechado para pousos e decolagens. A circulação do VLT foi afetada. A Linha 2 só funcionou entre a Central do Brasil e a Praça 15 por conta de alagamento no túnel da Providência. As linhas 1 e 3 ficaram com intervalos irregulares.

À noite, por volta das 19h30, na volta para casa, o Centro de Operações registrava 214 km de engarrafamentos na cidade. O número representa o triplo da segunda-feira passada.

"Sempre que chove é esse caos. Nunca aparece autoridade nenhuma", reclamou o comerciante Aluísio Andrade, de 55 anos, na Avenida Gomes Freire, uma das mais afetadas do Centro do Rio. Na mesma via, Sueli do Carmo também desabafou: "O prejuízo é sempre do povo. Entra ano, sai ano e nada muda".

Em Niterói, um pedaço da fachada do Teatro Municipal, no Centro, caiu em cima de um pedestre, que foi levado para o Hospital Azevedo Lima.

Para especialistas, o caos poderia ser evitado com a manutenção das galerias pluviais. "Essas galerias foram dimensionadas num passado distante. Mas o grande problema está na falta de manutenção", explicou o consultor em engenharia Francisco Mourão.