Estava tudo pronto para a Whiskeria Quatro por Quatro, no Centro, que pegou fogo no dia 18 de outubro, matando quatro bombeiros, reabrir ontem, às 13h30. A famosa casa de entretenimento para homens chegou a divulgar a reinauguração nas redes sociais.
Mas após ser questionado pela reportagem, no domingo, se os requisitos de segurança tinham sido atendidos, o Corpo de Bombeiros retornou ao local ontem. Resultado: interditou o estabelecimento por ter constatado "risco iminente" e deu prazo de 30 dias para adequações em dispositivos fixos e móveis contra incêndio e pânico.
Na manhã de domingo, três funcionários faziam os últimos retoques na pintura da boate e confirmaram à reportagem que a casa seria reaberta. Na página da Quatro por Quatro no Facebook, os clientes comemoravam. "Excelente novidade", postou um deles.
O Corpo de Bombeiros explicou, ontem, que o estabelecimento precisa ainda requerer o Certificado de Vistoria Anual, documento exigido para imóveis projetados para reunião de público. O documento tem validade de um ano, mas que perde efeito caso exigências da legislação sejam modificadas ou descumpridas. "A corporação emitiu um auto de interdição (no que diz respeito à segurança contra incêndio e pânico) por ter sido constatado risco iminente, principalmente pela falta de manutenção de um sistema de pressurização da canalização preventiva", ressaltou o órgão.
O Corpo de Bombeiros informou ainda que deu ciência do caso à delegacia e ao batalhão policial da área "para que se faça valer a determinação em caso de não cumprimento por parte dos responsáveis legais". Ontem, na porta da whiskeria, vários frequentadores, de terno e gravata, questionaram se a casa seria mesmo reaberta ontem. Um homem que se identificou como funcionário da obra disse que o anúncio da reabertura era "fake news". O estabelecimento apagou a publicação sobre a reabertura nas redes.
'Basta reabrir a água', diz advogado
O advogado da Quatro por Quatro, Hudson Brandão Marinho, ressaltou que o adiamento da reinauguração se deu por conta da instalação hidráulica. Ele garante que a boate voltará a funcionar até quinta-feira. "Pelo que sei, a Cedae precisa reabrir a água e não teve tempo hábil para isso. Sem a água, não funcionam as mangueiras para incêndios, por isso a restrição do Corpo de Bombeiros", afirmou.
O delegado José Duarte, da 1ª DP (Praça Mauá), e a Polícia Civil não responderam sobre as investigações do incêndio. Quatro bombeiros que foram combater as chamas morreram, segundo laudo preliminar, por asfixia. O coronel Roberto Robadey, comandante da corporação, relatou, à época, a suspeita de que os militares tiveram dificuldade para sair. Morreram Geraldo Alves Ribeiro, José Pereira de Sá Neto, Klerton Gonçalves de Araújo e Rafael Magalhães Frauches Alves.
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