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Morador da Praça Seca é vítima de bala perdida durante confronto entre milícia e tráfico 

O homem estava consciente e foi socorrido por policiais militares para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca

Morador da Praça Seca é baleado de raspão durante tiroteio na região
Morador da Praça Seca é baleado de raspão durante tiroteio na região -
Rio - Os moradores da comunidade da Barão, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio, foram acordados neste domingo (18) ao som de um intenso tiroteio na região. Um morador que passava pela Rua Doutor Bernardino no momento dos tiros foi atingido de raspão na cabeça. A Polícia Militar foi acionada e, chegando ao local, os policiais encontraram o homem ferido e consciente. A vítima foi socorrida pela equipe da PM para o Hospital Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, e em seguida foram à 28ª DP (Campinho), para registro de ocorrência.
De acordo com a PM, a região sofre com uma intensa disputa territorial entre grupos rivais. O tiroteio deste domingo (18) foi mais um capítulo da guerra que se instalou na comunidade entre milicianos e traficantes da região.

O aplicativo Fogo Cruzado registrou relatos de tiroteios na Praça Seca às 7:23 e 8:31 deste domingo.
Praça Seca sofreu 11 dias seguidos de tiroteios em março
Um mapeamento do Instituto Fogo Cruzado apontou que a região da Praça Seca foi uma das mais afetadas pela violência armada no mês de março. O bairro sofreu com 11 dias consecutivos de tiroteios, entre os dias 9 e 19. A plataforma mapeou 37 tiroteios/disparos de arma de fogo no local, sendo 33 deles no Morro do Barão, dois na favela do Bateau Mouche, um na Favela da Chacrinha e um fora de favelas da região.
O Instituto também mapeou, no mesmo mês, 582 tiroteios/disparos de arma de fogo na Região Metropolitana do Rio, dos quais em 179 (31%) deles houve participação de agentes de segurança pública. O número de tiroteios foi 30% maior que o acumulado no mesmo período de 2020, quando aconteceram 446 registros. Também houve aumento de 40% nas trocas de tiros com participação de agentes de segurança. Em março do ano passado, foram 128.

Em comparação com fevereiro de 2021, que registrou 380 tiroteios/disparos de arma de fogo, o aumento foi de 53% em março. Mas, houve queda de 5% no número de mortos. Enquanto fevereiro deste ano teve 94 mortes, das 200 pessoas baleadas em março, 89 morreram e 111 ficaram feridas. Comparando com março de 2020, que teve 54 mortes e 92 feridos, o aumento no número de mortos foi de 65% e 21% na quantidade de feridos.