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Jovem morto em operação no Complexo da Penha será sepultado neste domingo

Thiago Santos Conceição morreu após ser baleado na cabeça durante ação das polícias Civil e Militar no Morro da Fé

Thiago Conceição, 16 anos, morto no Morro da Fé, no Complexo da Penha, região onde aconteceu a operação 'Coalizão pelo Bem'
Thiago Conceição, 16 anos, morto no Morro da Fé, no Complexo da Penha, região onde aconteceu a operação 'Coalizão pelo Bem' -
Rio - O adolescente de 16 anos morto durante operação no Complexo da Penha será sepultado, neste domingo, no Cemitério de Irajá, na Zona Norte. O enterro de Thiago Santos Conceição acontecerá a partir das 10h da manhã. As informações foram passadas pela família do jovem. 
Nesta sexta-feira, Thiago morreu após ser baleado na cabeça no Morro da Fé, no Complexo da Penha, Zona Norte do Rio, durante a operação "Coalizão pelo Bem", das polícias Civil e Militar. Familiares do adolescente acreditam que disparo que atingiu a cabeça do jovem partiu de um atirador de elite da Polícia Civil
"Eles não foram nem no local. Eles simplesmente atiraram. Não prestaram socorro. Em momento algum os policiais que estavam lá em baixo subiram. Não se certificaram que era bandido, o que que era. Da onde que foi atirado, realmente foi um sniper. Por que a altura da casa dele, só mesmo um profissional, um sniper, para poder acertar. Não tinha como", afirma uma prima do jovem, que preferiu não se identificar.
O subsecretário operacional do RJ, Rodrigo Oliveira, afirmou nesta sexta durante coletiva de imprensa concedida após a operação que não havia policiais na comunidade, mas família questiona versão. "Temos a informação de que um adolescente foi baleado em um local onde não havia operação, isso está sendo apurado", disse o delegado.
Na ação conjunta, além do adolescente, outros três homens foram mortos: Douglas Constantino Alves, de 33 anos; Jorge Xavier Quintanilha, de 30 anos; e um não identificado. A operação Coalizão do Bem tinha o objetivo de prender criminosos de uma quadrilha que teria ordenado ataques em Manaus.
O grupo seria o responsável por movimentar cerca de R$ 125 milhões em acordos com o Comando Vermelho. A ação também teve desdobramentos no Amazonas, Pará e São Paulo. Ao todo, foram presos 15 presos, sendo 8 só no Rio de Janeiro. Uma tonelada de maconha foi apreendida, além de um fuzil calibre 7.62, munição e granadas.