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Vereadora Benny Briolly recebe mais uma ameaça de morte

Parlamentar já está fora do país por conta das constantes ameaças no ano passado

Benny Briolly recebe nova ameaça de morte
Benny Briolly recebe nova ameaça de morte -
Rio - A vereadora Benny Briolly (PSOL) recebeu mais uma ameaça de morte através de um e-mail anônimo, identificado apenas como "O Machista Opressor 1488". A mensagem foi enviada no domingo (23) e divulgada pela vereadora na noite deste segunda-feira. "Estou acumulando ameaças de morte junto com a omissão do Estado. Eles querem me calar, mas NÃO SEREI INTERROMPIDA!", escreveu a parlamentar, mulher trans eleita com mais votos populares do município de Niterói.
Diante do novo ataque praticado contra Benny, o Instituto Marielle Franco repudiou o ato e pediu urgência para que o Estado garanta e integridade a vida de Benny. "A primeira travesti eleita no estado do RJ e das poucas parlamentares negras e trans no Brasil. Toda nossa solidariedade e luta!". Outros grupos ligados à luta trans, negra, LGBTQIA + e defensoras dos direitos humanos também prestaram apoio à vereadora. Ela compartilhou as mensagens positivas em suas redes sociais nesta terça-feira.
O crime acontece no mês da Visibilidade Trans, um ato nacional que luta contra a transfobia e pelos direitos das pessoas trans. Além disso, a campanha reforça o reconhecimento das identidades e busca a sensibilização da sociedade por mais conhecimento.
Desde que foi eleita, a vereadora começou a receber uma série de ameaças. Em dezembro do ano passado, Benny recebeu um e-mail em que sua integridade física foi ameaçada. "Já estou contando as balas", dizia o e-mail anônimo. Na ocasião, a parlamentar registrou a ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), no Centro do Rio, mas as investigações não avançaram desde então. 
Em maio de 2021, a vereadora saiu do país por conta das ameaças. Pouco menos de uma semana depois da sua mudança, o Ministério Público Eleitoral determinou que a Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro adotassem medidas urgentes à proteção da vereadora. A decisão foi do vice vice-procurador-geral Eleitoral, Renato Brill de Góes, que afirmou que Ministério Público Eleitoral não tem atribuição para atuar no caso, por não se tratar de infração penal eleitoral, e que a competência seria da Justiça Estadual.