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Militares do Exército e da Marinha são torturados e mortos em São Pedro da Aldeia

Corpos de Júlio César Mikaloski e da outra vítima, ainda não identificada, foram localizados dentro de carro incendiado

Júlio Cesar Mikaloski foi morto junto com militar da Marinha
Júlio Cesar Mikaloski foi morto junto com militar da Marinha -
Rio - Um militar do Exército e outro da Marinha do Brasil morreram, na madrugada deste sábado (3), após serem torturados e queimados vivos por criminosos, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. Os corpos dos dois homens foram encontrados carbonizados dentro de um veículo abandonado e incendiado, na Estrada da Caveira, no bairro de Botafogo.  
De acordo com a Polícia Militar, equipes do 25º BPM (Cabo Frio) foram acionadas para uma ocorrência de encontro de cadáver na Estrada da Caveira, onde localizaram os dois corpos dentro do automóvel. A área foi isolada e a 125ª DP (São Pedro Aldeia) realizou perícia no local. Em nota, a Polícia Civil informou que agentes da distrital buscam imagens de câmeras de segurança e ouvem testemunhas. "Diligências estão em andamento para apurar a autoria do crime", completou. 
Segundo relatos, o sargento do Exército Júlio César Mikaloski é morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e teria ido com o militar da Marinha, ainda não identificado, para Cabo Frio, também na Região dos Lagos, assistir a partida entre Brasil e Camarões pela Copa do Mundo. Ao retornarem para casa, eles teriam errado o caminho em São Pedro da Aldeia, quando foram abordados pelos criminosos. Ainda não há informações sobre os sepultamentos das vítimas. 
Procurado, o Comando Militar do Leste afirmou que o caso está a cargo dos órgãos de segurança pública e que não cabe comentar sobre as investigações em andamento. "Neste momento de consternação, o CML está prestando todo o apoio à família e solidariza-se com os familiares e amigos", disse em nota a instituição. A Marinha do Brasil ainda não se pronunciou sobre o caso. 
Major do Corpo de Bombeiros é assassinado por traficantes
No último dia 16, o major do Corpo de Bombeiros Wagner Bonin, de 42 anos, foi assassinado por traficantes do bairro de São Matheus, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O militar havia desaparecido, após ter sido sequestrado por criminosos que atuam na região, enquanto tirava fotos de barricadas instaladas na comunidade do bairro onde morava.
O corpo da vítima foi localizado carbonizado e com marcas de tiros no interior do Complexo do Chapadão, entre os bairros de Costa Barros, Pavuna, Anchieta, Guadalupe e Ricardo de Albuquerque, na Zona Norte do Rio. Ele era enfermeiro, estava na corporação há 20 anos e já tinha recebido uma medalha por sua atuação no desastre de Brumadinho, em Minas Gerais, em 25 de janeiro de 2019.
Júlio Cesar Mikaloski foi morto junto com militar da Marinha Reprodução/Redes Sociais
Carro em que as vítimas estavam foi encontrado carbonizado Reprodução/Redes Sociais
Corpos das vítimas foram encontrados dentro de veículo carbonizado Reprodução/Redes Sociais