Gabriella Marinho

Gabriella Marinho, uma das expositoras que compõe o time de artistas da mostra "Vazar o Invisível", no OM.Art, conta que a arte sempre esteve presente em sua vida, seja por meio dos momentos em família ao som de muitos sambas, nos desenhos que fazia desde criança ou até mesmo no cotidiano em que assistia ao trabalho de costura de sua mãe, Claudia Regina.

Nascida e criada no bairro Jardim Catarina, em São Gonçalo, Gabriella (27) é jornalista e trabalha em uma organização de formação em comunicação comunitária para jovens moradores de favelas da região metropolitana do Rio de Janeiro. Como se não bastasse, ela também faz artes com barro e cerâmica. "Geralmente gosto de identificar os símbolos que minha memória me permite acessar, desde lembranças de criança até coisas que tive acesso recentemente. Também busco estar sempre conhecendo novos artistas, novas músicas, filmes", conta. Para a mostra, que será inaugurada na próxima quarta-feira, ela produziu 24 séries de 16 búzios, feitos de barro e cerâmica, que representam espaços de potência e de reverência às filosofias espirituais africanas. As conchas encontradas em regiões litorâneas do continente foram as primeiras moedas de mercado. Posteriormente passaram a ser um portal de comunicação entre Orun e Ayé, trazendo a tona segredos contados pelos orixás. "Busco traduzir reflexões sobre filosofias de matriz africana, religiões, relações estéticas e éticas", finaliza.