'Eu pratico o meu artivismo'

Eu sou Mariluce Mariá, tenho 39 anos, e sou artista plástica. Meus pais foram moradores pioneiros da região, e moro atualmente na favela de Nova Brasília. Sou cria do Complexo do Alemão e também idealizadora do Projeto Favela Art, que atua como órgão de apoio no cuidado e na educação de cerca de 300 crianças atendidas diretamente do território. No projeto, pratico o meu 'artivismo', por meio do Projeto Favela Art, e realizo oficinas de arte muralismos com a identidade das favelas e pontos turístico do Rio de Janeiro nas escolas da região.

Em 2010, fundei a primeira agência de turismo receptivo do Complexo do Alemão, sendo responsável por receber inúmeros turistas e jornalistas nacionais e internacionais até janeiro de 2016, quando o Teleférico do Alemão foi fechado.

Autodidata, atuando no campo da comunicação popular e comunitária através do estabelecimento estratégico de redes translocais e transnacionais, ergui a voz usando as mídias sociais para mostrar todas as potencialidades e falta de políticas públicas que há nas favelas no Rio de Janeiro.

Durante a pandemia do COVID-19, usei o projeto para auxiliar cerca de 7 mil famílias do Complexo do Alemão, principalmente aquelas consideradas grupos de risco.

Atualmente realizo consultorias voluntárias para projetos sociais desenvolverem uma comunicação para aproximar empresas que têm interesse em investir em responsabilidade social.