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Iniciativas para pessoas transgêneros

Na semana da Visibilidade Trans, o PerifaConnection destaca três iniciativas que têm oferecido assistência para população transgênero

Ilustração: Juh Barbosa
Ilustração: Juh Barbosa -

Masculino ou feminino? Estas eram as únicas alternativas disponíveis para serem escolhidas quando o assunto era gênero. Mas com o avanço dos debates sobre diversidade sexual, cresceu a luta pela visibilidade de transsexuais e travestis, pessoas que não se identificam com o gênero condicionado no seu nascimento. Apesar dos avanços, o Brasil é considerado o lugar mais perigoso para uma pessoa trans viver por 13 anos consecutivos. Pesquisas apontam que ao menos 125 travestis, homens e mulheres trans foram assassinados devido à sua identidade de gênero entre outubro de 2020 e setembro de 2021 no país. Na semana da Visibilidade Trans, o PerifaConnection destaca três iniciativas que têm oferecido assistência para a população transgênero.

Casa Nem

Com sede na Rua Dois de Dezembro, nº 9, no Flamengo, a Casa Nem é um projeto de assistência para pessoas LGBTQIAP em situação de vulnerabilidade social. A iniciativa, que começou como um pré-vestibular (PreparaNem) em 2016, presta acolhimento, faz denúncias e realiza ações voltadas para a melhoria da qualidade de vida dessa parcela da população. "Temos inúmeras atividades, como audiovisual, fotografia, capoeira, psicoterapia, costura, aula de inglês e muito mais", afirma Colle Chris-tine, gestora e comunicadora do projeto. Idealizada por Indianare Siqueira e com gestão de pessoas travestis e pretas, a Casa não conta com ajuda do governo e para garantir seu funcionamento está realizando uma vaquinha no endereço virtual nova.kickante.com.br/l/casanem. Saiba mais no Instagram (@casanem_).

Dulce Seixas

Inaugurada em 2019, a Casa Dulce Seixas surgiu por meio do estímulo de Indianare Siqueira. Após conversas com a representante da Casa Nem, a ativista Shirley Maria Padilha de Sousa, mulher trans de 45 anos, abriu a primeira casa de acolhimento à população LGBTQIAP da Baixada Fluminense. Atualmente a iniciativa abriga mais de 30 pessoas. Com a pandemia, os moradores da Dulce Seixas foram para a internet, realizando postagens diárias para chamar a atenção de futuros investidores. Outro apoio foi por meio de um edital da Casa Fluminense, que contribuiu para financiar a reforma do refeitório da Casa. E Shirley deixa um recado: "Temos que mostrar para a população que existimos". Saiba mais no Instagram (@casa_dulceseixas).

Capacitrans

A Capacitrans é uma organização sem fins lucrativos, sediada em Santa Teresa, que capacita profissionalmente pessoas trans, travestis e LGBIs. Em 2018, a proposta de realizar formações em moda e empreendedorismo foi contemplada pelo edital das instituições Itaú e Mais Diversidade. No ano seguinte, começaram as primeiras turmas, nas quais se formaram mais de 200 pessoas. Os conteúdos das aulas são variados como captação de recursos, redes sociais e corte e costura. Andrea Brazil, fundadora da Capacitrans, diz que a iniciativa "é um trabalho de urgência. A população trans não pode esperar." O curso "Transformando no Audiovisual com Capacitrans", está com inscrições abertas até esta segunda-feira. Para mais informações, acesse o Instagram (@capacitransrj).

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Capacitrans Divulgação
Dulce Seixas João Victor / Divulgação
Casa Nem Divulgação
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